A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

C) dar suporte emocional e estabelecer uma comunicação transparente
com a família (ou qualificada);
D) ficar até o fim com o paciente;
E) seguir a rotina sem se abalar com o óbito.
Discorreremos sobre cada um dos papéis, apontando semelhanças e
possíveis diferenças entre os achados por períodos dos
estudantes/residentes no curso. É importante destacar que as respostas, em
sua maioria, apontam mais de dois papéis desejados, e que não foram
encontradas diferenças significativas entre sexos.
A) Evitar a chegada da morte. Papel citado por quase todos os
estudantes de todos os períodos. Apenas os alunos do internato (5º e 6º
anos) não se referiram a esse aspecto, abordando diretamente outros papéis
diante da possibilidade iminente da morte do paciente. Talvez isso se deva
ao fato de eles acompanharem com mais freqüência a morte de pacientes.
morte:
Vamos às falas que exemplificam os resultados quanto a evitar a
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“Eu acho que é evitar a morte, porque a gente tá tentando o
tempo todo salvar né, você não tá se preparando pra tratar
um paciente que vai morrer, a gente tá sempre esperando,
você tá ali pra salvar mesmo.” [Fragmento de entrevista –
Taciana - 3º ano/5º período].
“A natureza da vida assim, é a fuga da morte, praticamente o
corpo humano é projetado pra fugir da morte. A dor é o que?
É uma sinalização pra você consertar alguma parte dele, pra
você não sucumbir à morte. O médico entra como uma
pessoa que vai evitar a chegada da morte” [Fragmento de
entrevista – Paulo - 1º ano /2º período].
“se possível curar é o que todo mundo deseja” [Fragmento
de entrevista – Ricardo/ Residente 1].