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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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i<strong>de</strong>ntificar e interpretar as pretensões e condições <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s discursos<br />

que permeiam os valores, as concepções (esfera normativa – o que é<br />

correto), as suas verda<strong>de</strong>s acerca <strong>do</strong> ensino médico (verda<strong>de</strong>s aceitas – o<br />

que é entendi<strong>do</strong> como verda<strong>de</strong>) e o plano <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong> das interações<br />

estabelecidas, a sua subjetivida<strong>de</strong> (as expressões subjetivas)<br />

Na primeira parada <strong>do</strong> percurso – o horizonte normativo – os<br />

interesses, as auto-exigências consistem em ser um bom médico, entendi<strong>do</strong><br />

como bom técnico e humano na <strong>do</strong>ença e na morte. I<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s com o<br />

papel <strong>de</strong> salva<strong>do</strong>r, os estudantes querem salvar, mas cuidan<strong>do</strong>. Desejam<br />

“estar junto” <strong>de</strong> seu paciente.<br />

Embora inseri<strong>do</strong>s num contexto cultural que interdita o tema da morte<br />

e <strong>do</strong> morrer, os estudantes e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>monstram sensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> participarem <strong>de</strong> uma possível re-humanização <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> morte nas<br />

instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Nessa direção, citam vários papéis além <strong>de</strong> evitar a morte, coerentes<br />

com a referida proposta – promover qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> morte, estabelecer<br />

comunicação qualificada com o paciente e a família, conseguir acompanhar<br />

o paciente até sua morte e ter equilíbrio emocional para continuar a rotina <strong>de</strong><br />

trabalho após a morte <strong>de</strong> um paciente.<br />

Porém, eles também ressaltam que há em sua formação<br />

prioritariamente o engendramento <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> técnica. Os alunos <strong>do</strong>s<br />

primeiros anos sinalizam esperanças nas inovações curriculares para<br />

alcançarem seus <strong>de</strong>sejos e os alunos <strong>do</strong>s últimos anos <strong>de</strong>stacam um certo<br />

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<strong>de</strong>sencanto com a formação e solidão nessa busca para “não se

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