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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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api<strong>de</strong>z <strong>do</strong> pensamento e ação que possibilitava a ele interpretar e transmitir<br />

os <strong>de</strong>sígnios <strong>do</strong>s outros <strong>de</strong>uses, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem o epíteto “hermeneus”<br />

(intérprete).<br />

Consi<strong>de</strong>rada como uma disciplina básica que se ocupa da arte <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r textos, tem trazi<strong>do</strong> valiosas contribuições nas pesquisas<br />

sociais, ao esten<strong>de</strong>r-se à interpretação <strong>de</strong> discursos e ações.<br />

Minayo (2002) esclarece que o termo “texto” po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> num<br />

senti<strong>do</strong> bastante amplo: biografia, narrativa, entrevista, <strong>do</strong>cumento, livro,<br />

artigo, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

No âmbito <strong>de</strong>ste trabalho, ele é utiliza<strong>do</strong> como discurso. Ricoeur<br />

(1976) chama nossa atenção para o fato <strong>de</strong> que um ato <strong>de</strong> discurso não é<br />

simplesmente transitório e evanescente, pois po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar-se e<br />

rei<strong>de</strong>ntificar-se como o mesmo, <strong>de</strong> maneira que po<strong>de</strong>mos dizê-lo até em<br />

outra língua, ou <strong>de</strong> outra forma, mas ainda assim ele preserva uma<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria, que po<strong>de</strong> se chamar conteú<strong>do</strong> proposicional.<br />

Sua abordagem aqui intenta não restringir um evento <strong>de</strong> fala aos<br />

aspectos estruturais da linguagem, ou seja, enten<strong>de</strong>r a fala enquanto<br />

acontecimento; implica uma atenção ao senti<strong>do</strong> da mensagem. “Se to<strong>do</strong><br />

discurso se atualiza como evento, to<strong>do</strong> o discurso é compreendi<strong>do</strong> como<br />

significação” (Ricouer, 1976, p. 23).<br />

Para Hans-Georg Gadamer (2002), a hermenêutica tem como tarefa<br />

esclarecer o milagre da compreensão, <strong>de</strong>scobrir os senti<strong>do</strong>s das ações<br />

humanas. Parte <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que to<strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> é media<strong>do</strong><br />

pela linguagem. Para ele, to<strong>do</strong> ato <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r significa enten<strong>de</strong>r-se<br />

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