A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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alguém quando você entende o que ela tá sentido, você
sente que aquilo tá incomodando como incomodaria você,
entendeu? Então empatia eu acho importante também. É
preciso esse lado de entender bem o outro,não adianta só a
técnica.” [Fragmento de entrevista – Cecília 5º ano/ 10º
período].
Eles se colocavam sempre em primeira pessoa, faziam referências a
contramodelos e evidenciavam a questão da humanização, o desejo de
conseguirem alcançar esse ideal.
Quando indagados sobre o que entendem por um médico
competente, retomam a concepção já mencionada, de aliar técnica e
disposições humanísticas. No que tange ao atributo conhecimento técnico,
são comuns expressões: estudar muito, se atualizar, saber resolver o
problema, acertar o diagnóstico. Resultados semelhantes foram encontrados
por Morinaga et al. (2002).
No que compete às questões humanísticas, surge de forma cada vez
mais acentuada a preocupação com a relação médico-paciente, juntamente
com a presença de aspectos como empatia, atenção; aliados à constatação
da importância da competência comunicativa nessa relação.
“Tem que ta sempre estudando, se atualizando e ter uma
boa relação com seu paciente.” [Fragmento de entrevista –
Felipe - 4º ano/ 8º período].
“Uma médica cuidadora, prestativa, atenciosa e eficiente,
que saiba resolver o problema do paciente e seja muito dada,
tenha jeito de falar com o paciente, tem que ter jeito com o
paciente.” [Fragmento de entrevista – Cecília - 5º ano/ 10º
período].
“É preciso que ele passe confiança, que sabe o que ta
fazendo e que também o paciente possa se abrir com ele,
ele ser competente em explicar direito, com sinceridade.”
[Fragmento de entrevista – Rodrigo/residente 2].