12.04.2013 Views

A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Como ser um bom médico, técnico e humano diante da morte <strong>de</strong> um<br />

paciente, sem se envolver com este? Ou, como se envolver com equilíbrio -<br />

não se envolver muito, com oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>s tão escassas no<br />

ensino médico? Como construir um percurso que alie tecnociência e cuida<strong>do</strong><br />

perante a morte <strong>de</strong> um paciente com a presença <strong>de</strong> um acento na formação<br />

médica tão baseada no distanciamento, <strong>do</strong> cadáver ao paciente à morte?<br />

com o outro?<br />

Como dar a notícia ruim, num encontro humaniza<strong>do</strong>, sem se envolver<br />

Ter que dar a notícia ruim, <strong>de</strong> forma humanizada, é uma proposição<br />

que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> alcance da proposição: “Não po<strong>de</strong> se envolver muito”,<br />

especificamente o subtexto: envolver-se com equilíbrio. Ambas assimiladas<br />

e igualmente compatíveis com um horizonte normativo humaniza<strong>do</strong> e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um contexto forma<strong>do</strong>r que facilite seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

É chega<strong>do</strong> o momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvermos um pouco a segunda<br />

proposição: “Tem que dar a notícia ruim!”. Esta encontra sua argumentação<br />

na importância atribuída à garantia <strong>do</strong> direito <strong>do</strong> paciente e sua família, <strong>de</strong><br />

saberem sobre sua condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>do</strong>ença e iminência <strong>de</strong> morte,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> significar o resgate da dimensão dialógica na relação médico-<br />

paciente; contribuin<strong>do</strong> para a humanização no atendimento.<br />

162<br />

Não por acaso os entrevista<strong>do</strong>s se referem a essa proposição ao<br />

respon<strong>de</strong>rem sobre a abordagem da relação com o paciente diante da<br />

morte. Vamos a algumas respostas:<br />

“[...] das coisas que eu acho importante na relação <strong>do</strong> médico<br />

com um paciente grave, à morte, e que agente escuta a<br />

maioria <strong>do</strong>s professores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem é falar a verda<strong>de</strong>, mas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!