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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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entre as tecnociências médicas e a dimensão <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> no cotidiano das<br />

interações médico-paciente.<br />

252<br />

Mais uma vez inspira<strong>do</strong>s em Habermas, tentamos respon<strong>de</strong>r a uma<br />

questão que fornecerá mais argumentos para validar o ponto <strong>de</strong> chegada<br />

cita<strong>do</strong>: Em que medida o aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estudantes /resi<strong>de</strong>ntes em<br />

relação à morte ocorre <strong>de</strong> forma aci<strong>de</strong>ntal (efeito perlocucionário) ou faz<br />

parte <strong>de</strong> uma motivação da educação médica?<br />

Ora, se as exigências, pretensões e condições <strong>de</strong> validação<br />

intersubjetiva <strong>de</strong> proposições a cerca da verda<strong>de</strong> sobre a relação <strong>do</strong> médico<br />

com a morte (verda<strong>de</strong>s aceitas) <strong>de</strong>terminam significativamente as<br />

possibilida<strong>de</strong>s (e impossibilida<strong>de</strong>s) <strong>de</strong> serem construí<strong>do</strong>s consensos sobre o<br />

que é correto fazer diante <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> morte <strong>de</strong> um paciente (horizonte<br />

normativo), temos justificada a existência <strong>de</strong> tantos para<strong>do</strong>xos ante às<br />

proposições – não se envolver muito e ter que comunicar a notícia ruim, que<br />

mesmo motivadas por um contexto sensível à humanização na Medicina<br />

ainda possuem como norte <strong>de</strong> legitimação e validação da ação médica a<br />

exclusão da subjetivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> a<strong>do</strong>ecimento. Ou seja, são embasa<strong>do</strong>s no<br />

conhecimento objetivo como sinônimo <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />

Se as tecnociências biomédicas interferem sistematicamente nas<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expressão subjetiva e <strong>de</strong> regulação das interações nos<br />

processos <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, torna-se necessário, como afirma Ayres<br />

(2005) admitir que mesmo as problematizações voltadas aos campos<br />

expressivo e normativo <strong>de</strong>sses processos, e especialmente nas interações

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