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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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Langley (1989), em seus estu<strong>do</strong>s, reafirma a presença da relação<br />

médico-paciente como um atributo <strong>do</strong> médico i<strong>de</strong>al, engloban<strong>do</strong> a empatia e<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>les. Já o trabalho <strong>de</strong> Tório Durantez<br />

(1997) salienta a comunicação e acrescenta o compromisso e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse mesmo atributo.<br />

Em nossa pesquisa, po<strong>de</strong>mos observar <strong>de</strong> maneira explícita a <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong> uma atenção integral <strong>do</strong> paciente representan<strong>do</strong> o compromisso com ele.<br />

O <strong>de</strong>poimento da aluna <strong>do</strong> terceiro ano, ilustra<strong>do</strong> abaixo, ainda sugere que<br />

se trata <strong>de</strong> um aspecto a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> na humanização da prática<br />

médica.<br />

70<br />

“Acho que tem a ver com muita coisa. A gente é ensina<strong>do</strong><br />

muito a se preocupar em fazer o diagnóstico e passar o<br />

tratamento, agora saber se aquele paciente vai a<strong>de</strong>rir, se vai<br />

comprar o medicamento, se ele vai tomar aquele<br />

medicamento da forma correta, se ele vai ter alguém em casa<br />

que vai ajudar, não tem essa preocupação. Eu acho que é<br />

uma responsabilida<strong>de</strong> nossa saber da situação <strong>do</strong><br />

paciente, isso também faz parte da humanização,<br />

conhecer meu paciente. Não é simplesmente jogar uma<br />

receita e pronto cumpri meu papel. Não acho certo mas a<br />

gente vê muito.” [Fragmento <strong>de</strong> entrevista – Telma - 3º ano/<br />

6º perío<strong>do</strong>].<br />

É interessante observar que, a partir <strong>do</strong> quinto ano, perío<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

internato, surge em nossos acha<strong>do</strong>s uma maior preocupação <strong>de</strong> como<br />

envolver-se <strong>de</strong> forma equilibrada com o paciente. Eles enten<strong>de</strong>m que tal<br />

equilíbrio é condição para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma boa relação médico–<br />

paciente, e o avaliam como uma questão muito difícil <strong>de</strong> ser alcançada.

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