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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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Para Vianna e Picceli (1998), o contato com pacientes terminais<br />

intensificou-se com o aumento da experiência clínica e teve na maioria das<br />

vezes influência positiva.<br />

Já Ramos-Cerqueira et al. (2005, p. 83) comentam:<br />

Inegavelmente a existência <strong>do</strong> internato foi um avanço, na<br />

medida em que <strong>de</strong>terminou um perío<strong>do</strong> mínimo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

prática intensa e supervisionada. Contu<strong>do</strong>, essa vivência<br />

intensiva acabou por levar o aluno a <strong>de</strong>parar-se, súbita e<br />

cotidianamente, com situações difíceis: o seu próprio limite,<br />

os limites <strong>de</strong> seu paciente e os limites da medicina. Muitas<br />

vezes ainda não viveu, <strong>de</strong> forma gradual, outras situações <strong>de</strong><br />

encontro com o paciente, com a comunida<strong>de</strong> e com o sistema<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, já entran<strong>do</strong> em contato com atendimento hospitalar<br />

terciário e quaternário.<br />

Portanto, o contato com o paciente terminal po<strong>de</strong> diminuir o me<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

interagir com tais pacientes (Howels, 1986; Klafke, 1991), mas é<br />

imprescindível um preparo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para essa experiência.<br />

Outra sugestão mencionada diz respeito a consultas conjuntas, como<br />

<strong>de</strong>monstra a ilustração abaixo:<br />

Felipe: “Uma idéia que eu já tive foi a seguinte, a gente,<br />

enquanto estudante, a gente não acompanha médicos?”<br />

Entrevista<strong>do</strong>ra:” Exato.”<br />

Felipe: “Pra <strong>de</strong>senvolver o la<strong>do</strong> técnico né, as vezes eu vou<br />

pra cirurgia com um médico, a gente discute o caso, porque<br />

não a gente não po<strong>de</strong>, por exemplo, acompanhar um<br />

psicólogo? Um psicólogo hospitalar né? Por que não, né?<br />

Assim, <strong>de</strong> repente não que a gente esteja queren<strong>do</strong> invadir a<br />

área <strong>de</strong> vocês, mas pra gente ir ten<strong>do</strong> uma noção <strong>de</strong> como<br />

lidar com essas coisas. A gente po<strong>de</strong>ria fazer isso, vamos<br />

supor, um curso <strong>de</strong> extensão com os <strong>do</strong>centes sen<strong>do</strong> alguns<br />

psicólogos, e vamos então pra Liga, por hospital Luiz Antonio,<br />

então. (referin<strong>do</strong>-se a um hospital referência em oncologia).”<br />

[Fragmento <strong>de</strong> entrevista – Felipe, 4° ano/8º perío<strong>do</strong>]

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