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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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os paciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, bem como pelas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoverem um<br />

treinamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s nessa direção, alia<strong>do</strong> ainda às marcas culturais<br />

<strong>de</strong> negação da morte que caracterizam o homem oci<strong>de</strong>ntal, ainda neste<br />

século.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, sabemos que também são raras as oportunida<strong>de</strong>s<br />

entre os alunos, entre eles e os profissionais, no que diz respeito a seus<br />

me<strong>do</strong>s, culpas, inseguranças, angústias e outros sentimentos que surgem<br />

no cotidiano da relação médico/aluno/paciente e família.<br />

Millan et al. (1999, p. 86-87) afirmam:<br />

220<br />

a falta <strong>de</strong> um espaço para a troca <strong>de</strong> idéias a respeito <strong>de</strong>ssas<br />

experiências contribui para acentuar o isolamento, trazen<strong>do</strong> a<br />

crença <strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> um problema único que não po<strong>de</strong><br />

ser compartilha<strong>do</strong>, pois ninguém mais estaria passan<strong>do</strong> por<br />

isso e não compreen<strong>de</strong>ria.<br />

A solidão diante das dificulda<strong>de</strong>s para enfrentar a <strong>do</strong>r <strong>de</strong> não salvar,<br />

<strong>de</strong> não saber dar a notícia ruim, <strong>de</strong> não saber confortar, nem ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

paciente à morte, são etapas vivenciadas que, se não forem acolhidas,<br />

enfrentam um percurso <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

mecanismos rígi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e <strong>de</strong> distanciamento <strong>do</strong> outro e <strong>de</strong> si<br />

mesmos.<br />

Elisabeth Kübler-Ross (1996), em seus estu<strong>do</strong>s, distinguiu alguns<br />

estágios pelos quais passam os pacientes em esta<strong>do</strong> terminal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

conhecimento <strong>do</strong> prognóstico. Não se apresentariam em or<strong>de</strong>m cronológica,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o <strong>do</strong>ente experimentar vários sentimentos ao mesmo tempo ou não<br />

atravessar alguns <strong>de</strong>les. Esses estágios norteiam muitas das relações das

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