A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

A ampliação de propostas no sentido de alargar o horizonte normativo
que defende a humanização em saúde busca um humanismo à altura do
benefício inegável do conhecimento técnico, sem hipertrofias de um ou de
outro.
Por sua vez, as concepções dos estudantes/residentes quanto ao
papel do médico no enfrentamento da morte de um paciente dependem,
para sua concretização, do alcance do modelo de médico humanizado
almejado por eles.
A aluna do sexto ano espelha essa assertiva:
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“na hora de estar com o paciente terminal tudo pode
piorar se a gente não tiver uma base para lidar a com as
pessoas doentes e não só com as doenças, é tudo muito
delicado. Se eu não conseguir ter tempo,e jeito para
conversar com meus pacientes que têm cura, como vai
ser com os que não têm? O certo é eu ser uma boa
médica nessa hora, e aprender aqui, com os professores
não sozinha com os pacientes.”[fragmento de entrevista -
Cecília, 5ºano/8º período]
Já foi mencionado que, a partir do quarto ano, e principalmente no
período do internato (5º e 6º anos), cresce a preocupação em torno do
desenvolvimento de atitudes que promovam qualidade de vida/morte aos
pacientes sem possibilidades de cura, com grande destaque para a
qualidade da comunicação, condição promotora de uma relação médico-
paciente eficaz.
Os dados da pesquisa realizada por Bellodi et al. (2004) sobre os
temas que os estudantes de medicina da USP desejam que sejam