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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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enfrentamento da morte, que reclamam por conhecimentos humanísticos e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um envolvimento equilibra<strong>do</strong> entre médicos e<br />

pacientes, imprescindíveis para a rehumanização <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> morte.<br />

Estamos falan<strong>do</strong> das seguintes concepções: Concepção 2 - Promover<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> morte (conforto físico, emocional e comunicação qualificada),<br />

Concepção 3 - Comunicação qualificada com a família e Concepção 4 -<br />

Ficar até o fim com o paciente.<br />

Os aspectos relativos ao conforto físico são contempla<strong>do</strong>s pela<br />

tecnociência, que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> envolvimento, mas não o exclui. Reclamam<br />

recursos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m existencial, simbólica, sem exclusão <strong>do</strong>s primeiros.<br />

É importante salientar que a divisão <strong>de</strong>scrita é artificial. Objetiva<br />

apenas <strong>de</strong>stacar os aspectos nos quais esses discursos põem o acento <strong>de</strong><br />

suas pretensões <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>. No caso das primeiras concepções (1, 5) o<br />

acento tecnocientífico prepon<strong>de</strong>ra; nas concepções seguintes (2, 3, 4) temos<br />

a presença <strong>de</strong> uma leitura que alia a dimensão dialógica <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong>, da<br />

humanização – portanto, cenários diferentes.<br />

161<br />

O fato é que, apesar das tentativas <strong>de</strong> ampliação <strong>do</strong> horizonte<br />

normativo no ensino médico (particularmente na questão da rehumanização<br />

<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> morrer) o isolamento das emoções ainda é a forma<br />

privilegiada que a medicina encontrou para fazer frente à armadilha da<br />

profissão médica, que é estar quotidianamente em contato com a morte<br />

mas, para<strong>do</strong>xalmente, não se preparar para lidar com ela.<br />

E os alunos e resi<strong>de</strong>ntes transitam entre “as verda<strong>de</strong>s” da formação<br />

médica e os para<strong>do</strong>xos da prática <strong>de</strong>sejada.

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