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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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Ou seja, nesse momento <strong>do</strong> percurso é possível interpor a essa tese,<br />

a assunção da hermenêutica, no dizer <strong>de</strong> Ayres, como “um ponto <strong>de</strong> partida<br />

filosófico”, que, juntamente com a ontologia existencial, fazem uma reflexão<br />

sobre os limites <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio científico-técnico da natureza e da socieda<strong>de</strong><br />

(Gadamer, 2003), buscan<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> existencial na totalida<strong>de</strong> das vivências<br />

a que se tem acesso por um diálogo (Rosenbaum, 2005); e <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

entendimento intersubjetivo, <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por Habermas (1996).<br />

Ayres (2005, p.23) explica o significa<strong>do</strong> da aposta na hermenêutica:<br />

242<br />

Trata-se mesmo <strong>de</strong> um convite para uma aposta<br />

conseqüente e responsável na construção <strong>de</strong> interações<br />

progressivamente mais inclusivas e ricas no campo da saú<strong>de</strong><br />

[...] Interações nas quais a constatação <strong>do</strong>s fatos que<br />

interessam à nossa saú<strong>de</strong> não se restrinjam à positivida<strong>de</strong><br />

construída pelas ciências biomédicas, mas incluam <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

substantivo a reflexivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s saberes humanísticos.<br />

O autor nos remete à implementação <strong>de</strong> mudanças que objetivem a<br />

aquisição <strong>de</strong> competências na formação <strong>do</strong>s médicos que consi<strong>de</strong>re a<br />

experiência <strong>do</strong> sofrer como parte da relação profissional – portanto, também<br />

na atenção ao processo <strong>de</strong> morte.<br />

E Habermas (2000), buscan<strong>do</strong> discutir o senti<strong>do</strong> existencial,<br />

emancipatório, e não somente instrumental das formas <strong>de</strong> vida, diz que o<br />

trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstrução, por mais furioso que seja, possui conseqüências<br />

i<strong>de</strong>ntificáveis somente quan<strong>do</strong> o paradigma da consciência <strong>de</strong> si, da auto-<br />

relação <strong>de</strong> um sujeito que conhece e age solitário é substituí<strong>do</strong> por outro –<br />

pelo <strong>do</strong> entendimento recíproco, isto é, da relação intersubjetiva entre

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