A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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se desdobra na busca individual por serviços de orientação
psicopedagógica, por parte de alunos angustiados.
Atitudes indefinidas ou conflitantes em relação aos diferentes
aspectos relacionados com a morte foram encontradas nos estudos desses
autores. Esses dados são bastante condizentes com a idéia de que o tema é
um dos que oferece maiores dificuldades emocionais a todos os
profissionais da área da saúde, conforme fundamenta amplo conjunto de
investigações (Boemer, 1989; Cassorla, 1991; Sayd, 1993). Atitudes que
refletem valores profundamente arraigados, não sendo, portanto, passíveis
de mudanças em curto prazo.
Se, por um lado, constatamos um quase silêncio em torno do lidar
com a morte e o morrer ao longo da formação médica, por outro é possível
identificar as disciplinas de caráter humanista sendo eleitas como
responsáveis para promover o ensino do tema, para promover as mudanças
atitudinais nesse processo, já tão impregnado por uma visão biológica e
tecnicista do adoecimento. Mais uma legitimada e desafiante aposta
colocada também para a Psicologia Médica (conforme anunciada pelos
estudantes de nossa pesquisa) – disciplina que, segundo Souza (2001), vive
o permanente desafio de manter em tensão o saber sobre a doença e o
saber sobre a relação com o doente.
A autora, discorrendo sobre as dificuldades em promover um diálogo
produtivo com os alunos na disciplina de psicologia médica, declara:
Existe uma crise nesse campo, onde o professor se confronta
com os alunos quase cooptados por um pragmatismo, que