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A Construção do “ser médico” - Centro de Referência e Treinamento ...

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acadêmico. Falam <strong>de</strong> um encontro não com teorias e da<strong>do</strong>s somente, mas<br />

com vidas, pernas, braços, cores, histórias, <strong>do</strong>res, alegrias e muitos<br />

sentimentos. Falam da convivência com porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> HIV/Aids, por meio <strong>de</strong><br />

atendimentos psicoterapêuticos, a partir <strong>de</strong> 1990 (ano <strong>de</strong> sua graduação em<br />

Psicologia) e ingresso como psicóloga num hospital <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças infecto-<br />

contagiosas. Falam das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994 (ano <strong>de</strong> sua<br />

aprovação no concurso público da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Norte - UFRN) no Departamento <strong>de</strong> Psicologia da UFRN (especialmente a<br />

partir <strong>de</strong> 1997, com a introdução da disciplina Psicologia da Morte).<br />

Aten<strong>de</strong>r, conviver e acompanhar a morte <strong>de</strong> muitos pacientes nos fez<br />

ingressar no caminho sem volta <strong>de</strong> tentar compreen<strong>de</strong>r o que significa não<br />

querer saber a cerca <strong>de</strong> nossa finitu<strong>de</strong>? E o que significa tomar consciência<br />

<strong>de</strong>la? O que per<strong>de</strong>mos e o que ganhamos em nossa vida pessoal e em<br />

nossa prática profissional? O que ganham os pacientes com o diagnóstico<br />

<strong>de</strong> uma <strong>do</strong>ença grave, por vezes “terminal”. E os médicos, como se sentem<br />

e respon<strong>de</strong>m a essas questões em seu dia-a-dia profissional?<br />

Acompanhar o processo <strong>de</strong> enfrentamento e muitas vezes morte <strong>do</strong>s<br />

pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> HIV, mais <strong>do</strong> que registro na memória, são<br />

experimentações que resultaram em aprendiza<strong>do</strong>s, formação continuada e<br />

instigaram muitas reflexões.<br />

Preten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser mais uma interlocutora na luta contra a síndrome <strong>do</strong><br />

preconceito, esta autora realizou uma monografia num curso <strong>de</strong><br />

especialização em antropologia (UERN/1994), intitulada “Aids: no encontro<br />

<strong>do</strong> gozo com a morte: a <strong>do</strong>ença <strong>do</strong> outro”, gran<strong>de</strong> encontro com a aca<strong>de</strong>mia,<br />

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