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A Grande Controvérsia

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

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A <strong>Grande</strong> Controversia<br />

possuíra. A perseguição da igreja não continuou durante o período todo dos 1.260 anos.<br />

Deus, em misericórdia para com Seu povo, abreviou o tempo de sua dolorosa prova.<br />

Predizendo a “grande tribulação” a sobrevir à igreja, disse o Salvador: “Se aqueles dias<br />

não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão<br />

abreviados aqueles dias.” Mateus 24:22. Pela influência da Reforma, a perseguição veio a<br />

termo antes de 1798.<br />

Relativamente às duas testemunhas, declara mais o profeta: “Estas são as duas<br />

oliveiras, e os dois castiçais que estão diante do Deus de toda a Terra.” “Tua Palavra”, diz<br />

o salmista, “é lâmpada para meus pés, e luz para o meu caminho.” Apocalipse 11:4;<br />

Salmos 119:105. As duas testemunhas representam as Escrituras do Antigo e Novo<br />

Testamentos. Ambos são importantes testemunhas quanto à origem e perpetuidade da lei<br />

de Deus. Ambos são também testemunhas do plano da salvação. Os tipos, sacrifícios e<br />

profecias do Antigo Testamento apontam para um Salvador por vir. Os evangelhos e as<br />

epístolas do Novo Testamento falam acerca de um Salvador que veio exatamente da<br />

maneira predita pelos tipos e profecias.<br />

“Profetizarão por mil, duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.” Durante a maior<br />

parte deste período, as testemunhas de Deus permaneceram em estado de obscuridade. O<br />

poder papal procurava ocultar do povo a Palavra da verdade e colocar diante dele<br />

testemunhas falsas para contradizerem o testemunho daquela. Quando a Bíblia foi<br />

proscrita pela autoridade religiosa e secular; quando seu testemunho foi pervertido,<br />

fazendo homens e demônios todos os esforços para descobrir como desviar da mesma o<br />

espírito do povo; quando os que ousavam proclamar suas sagradas verdades eram<br />

perseguidos, traídos, torturados, sepultados nas celas das masmorras, martirizados por sua<br />

fé, ou obrigados a fugir para a fortaleza das montanhas e para as covas e cavernas da<br />

Terra -então profetizavam as fiéis testemunhas vestidas de saco. Contudo, continuaram<br />

com seu testemunho por todo o período de 1.260 anos. Nos mais obscuros tempos houve<br />

fiéis que amavam a Palavra de Deus e eram ciosos de Sua honra. A esses fiéis servos<br />

foram dados sabedoria, autoridade e poder para anunciar Sua verdade durante aquele<br />

tempo todo.<br />

“Se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos;<br />

e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.” Os homens não<br />

poderão impunemente espezinhar a Palavra de Deus. O sentido desta terrível declaração é<br />

apresentado no capítulo final do Apocalipse: “Eu testifico a todo aquele que ouvir as<br />

palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará<br />

vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras<br />

do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que<br />

estão escritas neste livro.” Apocalipse 11:5; 22:18, 19.

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