07.04.2023 Views

A Grande Controvérsia

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>Grande</strong> Controversia<br />

lei, sendo expressão do pensamento e vontade de Deus, deve ser tão duradoura como o<br />

Seu Autor.<br />

É obra da conversão e santificação reconciliar os homens com Deus, pondo-os em<br />

harmonia com os princípios de Sua lei. No princípio, o homem foi criado à imagem de<br />

Deus. Estava em perfeita harmonia com a natureza e com a lei de Deus; os princípios da<br />

justiça lhe estavam escritos no coração. O pecado, porém, alienou-o do Criador. Não<br />

mais refletia a imagem divina. O coração estava em guerra com os princípios da lei de<br />

Deus. “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus,<br />

nem, em verdade, o pode ser.” Romanos 8:7. Mas “Deus amou o mundo de tal maneira<br />

que deu o Seu Filho unigênito”, para que o homem pudesse reconciliar-se com Ele.<br />

Mediante os méritos de Cristo, pode aquele se restabelecer à harmonia com o Criador. O<br />

coração deve ser renovado pela graça divina; deve receber nova vida de cima. Esta<br />

mudança é o novo nascimento, sem o que, diz Jesus, o homem “não pode ver o reino de<br />

Deus”.<br />

O primeiro passo na reconciliação com Deus, é a convicção de pecado. “Pecado é o<br />

quebrantamento da lei.” “Pela lei vem o conhecimento do pecado.” 1 João 3:4; Romanos<br />

3:20. A fim de ver sua culpa, o pecador deve provar o caráter próprio pela grande norma<br />

divina de justiça. É um espelho que mostra a perfeição de um viver justo, habilitando o<br />

pecador a discernir seus defeitos de caráter. A lei revela ao homem os seus pecados, mas<br />

não provê remédio. Ao mesmo tempo que promete vida ao obediente, declara que a morte<br />

é o quinhão do transgressor. Unicamente o evangelho de Cristo o pode livrar da<br />

condenação ou contaminação do pecado. Deve ele exercer o arrependimento em relação a<br />

Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo, seu sacrifício expiatório. Obtém assim<br />

“remissão dos pecados passados”, e se torna participante da natureza divina. É filho de<br />

Deus, tendo recebido o espírito de adoção, pelo qual clama: “Aba, Pai!”<br />

Estaria agora na liberdade de transgredir a lei de Deus? Diz Paulo: “Anulamos, pois, a<br />

lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” “Nós, que estamos mortos<br />

para o pecado, como viveremos ainda nele?” E João declara: “Esta é a caridade de Deus:<br />

que guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados.”<br />

Romanos 3:31; 6:2; 1 João 5:3. No novo nascimento o coração é posto em harmonia com<br />

Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando esta poderosa<br />

transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a<br />

santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. Terminou a velha vida<br />

de afastamento de Deus, começando a nova vida de reconciliação, de fé e amor. Então, “a<br />

justiça da lei” se cumpre “em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o<br />

Espírito.” Romanos 8:4. E a linguagem da alma será: “Oh! quanto amo a Tua lei! é a<br />

minha meditação em todo o dia.” Salmos 119:97.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!