07.04.2023 Views

A Grande Controvérsia

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

“Rejeitemos esse decreto”, disseram os príncipes. “Em assuntos de consciência, a maioria não tem poder.” Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual muitas pessoas tão nobremente lutaram. “Os princípios contidos nesse célebre protesto... constituem a própria essência do protestantismo. Ora, este protesto se opõe a dois abusos do homem em matéria de fé: o primeiro é a intromissão do magistrado civil, e o segundo a autoridade arbitrária da igreja. Em lugar desses abusos, coloca o protestantismo o poder da consciência acima do magistrado, e a autoridade da Palavra de Deus sobre a igreja visível. Em primeiro lugar rejeita o poder civil em assuntos divinos, e diz com os profetas e apóstolos. Os protestantes haviam, demais, afirmado seu direito de livremente proferir suas convicções sobre a verdade. Não haveriam de crer e obedecer somente, mas também ensinar o que a Palavra de Deus apresenta, e negavam ao padre ou magistrado, o direito de intervir. O protesto de Espira foi um testemunho solene contra a intolerância religiosa, e uma afirmação do direito de todos os homens de adorarem a Deus segundo os ditames de sua própria consciência...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>Grande</strong> Controversia<br />

Capitulo 26 - Restauração da Verdade<br />

A obra da reforma do sábado a realizar-se nos últimos tempos acha-se predita na<br />

profecia de Isaías: “Assim diz o Senhor: Mantende o juízo, e fazei justiça, porque a<br />

Minha salvação está prestes a vir, e a Minha justiça a manifestar-se. Bem-aventurado o<br />

homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de<br />

profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal.” “Aos filhos dos<br />

estrangeiros que se chegarem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do<br />

Senhor, sendo deste modo servos Seus, todos os que guardarem o sábado, não o<br />

profanando, e os que abraçarem o Meu concerto, também os levarei ao Meu santo monte,<br />

e os festejarei na Minha casa de oração.” Isaías 56:1, 2, 6, 7. Estas palavras se aplicam à<br />

era cristã, como se vê pelo contexto: “Assim diz o Senhor Jeová, que ajunta os dispersos<br />

de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se lhe ajuntaram.” Isaías 56:8. Aqui está<br />

prefigurado o ajuntamento dos gentios pelo evangelho. E sobre os que então honram o<br />

sábado, é pronunciada uma bênção. Destarte, o dever relativo ao quarto mandamento<br />

estende-se através da crucifixão, ressurreição e ascensão de Cristo, até ao tempo em que<br />

os Seus servos deveriam pregar a todas as nações a mensagem das alegres novas.<br />

O Senhor ordena pelo mesmo profeta: “Liga o testemunho, sela a lei entre os Meus<br />

discípulos.” Isaías 8:16. O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento.<br />

Unicamente este, entre todos os dez, apresenta não só o nome mas o título do Legislador.<br />

Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra, e mostra, assim, o Seu direito à reverência<br />

e culto, acima de todos. Afora este preceito, nada há no decálogo para mostrar por que<br />

autoridade a lei é dada. Quando o sábado foi mudado pelo poder papal, o selo foi tirado<br />

da lei. Os discípulos de Jesus são chamados para que o restabeleçam, exaltando o sábado<br />

do quarto mandamento à sua devida posição como monumento do Criador e sinal de Sua<br />

autoridade. “À Lei e ao Testemunho!” Ao mesmo tempo em que são abundantes as<br />

doutrinas e teorias contraditórias entre si, a lei de Deus, é a única regra infalível pela qual<br />

todas as opiniões, doutrinas e teorias devem ser provadas. Diz o profeta: “Se eles não<br />

falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Isaías 8:20.<br />

De novo é dada a ordem: “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como<br />

a trombeta e anuncia a Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.”<br />

Não é o mundo ímpio, mas são aqueles a quem o Senhor designa como “Meu povo”, os<br />

que devem ser reprovados por suas transgressões. Declara Ele ainda: “Todavia, Me<br />

procuram cada dia, tomam prazer em saber os Meus caminhos, como um povo que<br />

pratica a justiça, e não deixa a ordenança do seu Deus.” Isaías 58:1, 2. Aqui se faz<br />

referência a uma classe que se julga justa, que parece manifestar grande interesse no<br />

serviço de Deus; mas a repreensão severa e solene dAquele que examina os corações,<br />

prova que se acham a calcar a pés os preceitos divinos. Desta maneira indica o profeta a<br />

ordenança que tem estado esquecida: “Levantarás os fundamentos de geração em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!