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Anais DCIMA Final

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Página 112<br />

Figura 11: Jovem de movimento social que pode ter seu trajeto invisibilizado pela cor “parda”<br />

Figura 12: Mulher “parda”, dona de casa e moradora da periferia, uma possível mãe vitimada pela<br />

chacina<br />

O que observo diante das condições de possibilidades de enunciação dos diferentes discursos neste<br />

momento histórico que a carta-manifesto evidencia, diante dessa polifonia social que se materializa aqui é<br />

aquilo que Mignolo (2003) aponta como enunciação fraturada: a partir da perspectiva subalterna é possível<br />

perceber situações dialógicas – e por que não polifônicas? – que evidenciam as diferentes cosmologias que se<br />

enunciam de maneira simultânea, ainda que antagônicas, sem que haja um processo de síntese ou de<br />

hibridização.<br />

Trata-se de uma perspectiva que nos permite enxergar as diferenças, as muitas vozes que se enunciam,<br />

que dividem o mesmo espaço sem se sobreporem, mas ao contrário evidenciando suas diferentes no cotidiano<br />

e na maneira de organizar o mundo e a sociedade. A perspectiva da fratura elucida exatamente essa quebra –<br />

e, por vezes, até de maneira violenta – da homogeneidade que a ordem do discurso constrói nas nos corpos e<br />

nas instituições sociais contemporâneas (MIGNOLO, 2003).<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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