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Anais DCIMA Final

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Página 790<br />

Havemos de considerar que não há sentido sem interpretação, para tanto consideramos que o leitor<br />

precisa compreender a unidade de sentido com base na unidade empírica construída diante de si como, por<br />

exemplo, as coordenadas discursivas deixadas nos relatórios. Para isso o autor deverá fornecer com prestígio<br />

coerência e finalidade ao enunciado ao deixar pistas e evidências de sentido que sejam recorrentes na textura<br />

da escrita. Portanto, quando as descrições são bem realizadas por meio de reflexões críticas, vemos a edificação<br />

de sentidos que torna o discente um sujeito cientista que sabe explicar e conceber teorias sobre o que está sendo<br />

desenvolvido.<br />

Explicitar os mecanismos de produção de sentidos inscritos no texto é uma<br />

maneira de tornar visível o modo como a exterioridade (sujeito, história) está<br />

presente nele, é trabalhar sua historicidade. (ORLANDI, 2008, p.64)<br />

De acordo com esses apontamentos afirmamos que todo e qualquer trabalho escrito deve ser concebido<br />

como unidade de sentido e que ocupa lugar de transformador no meio, além de conseguir inserir por meio da<br />

escrita toda a exterioridade a qual o indivíduo está sujeito.<br />

Ao licenciado, seja de qual for a área, deve conceber as práticas de estágio jamais divorciados da<br />

pesquisa, de modo que consiga representar por meio da escrita a produção de conhecimento, esta que é<br />

considerada como consolidação do desenvolvimento de análise e reflexão dentro da sua área de atuação.<br />

Portanto saber justificar por meio de construtos teóricos adquiridos ao longo da formação acadêmica diante<br />

dos fatos observados durante as disciplinas de estágio é considerado, por excelência, produção e transmissão<br />

de conhecimento, visto isso as disciplinas de estágio são consideradas a principal fonte de informações, pois é<br />

neste momento em que nasce o espaço funcional para a pesquisa.<br />

3. Análises e discussão<br />

Os relatórios de estágio funcionam como ponto de apoio para que apareçam as produções de sentido<br />

e os deslocamentos dos contextos históricos e sociais pertencentes ao enunciador, para isso os construtos de<br />

quem enuncia devem ser bem administrados. Em virtude de tais questões, consideramos, segundo Orlandi:<br />

Essa materialidade textual, já traz, em si, um efeito-leitor, produzido, entre<br />

outros, pelos gestos de interpretação de quem o produziu, pela resistência da<br />

textualidade (formulação) e pela memória do sujeito que lê. (ORLANDI, 2008,<br />

p.63)<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

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