Anais DCIMA Final

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MEMÓRIA E TRABALHO: UMA CONSTRUÇÃO SÓCIO-
HISTÓRICA DO TEMPO.
Sarah OMENA; Ana Elizabeth ALVES
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB)
sarahomena@ifma.edu.br
Resumo. O presente ensaio tem o propósito de discutir como a fronteira do tempo invadiu
a atividade laboral, canalizando as potencialidades do sujeito para os fins do capital. Os
argumentos aqui desenvolvidos permitem relacionar a construção sócio-histórica do tempo
aos eixos da memória, subjetividade, trabalho e tempo. Nesse sentido busca-se
compreender as mudanças ocorridas no processo sócio-histórico do trabalho através do
controle do tempo, dos movimentos e da memória, afetando a subjetividade do sujeito. A
pesquisa é do tipo bibliográfica, utilizando abordagem dialética baseada em consulta de
fontes primárias e secundárias relativas ao tema que foi escolhido para realização do
trabalho.
Palavras-chave: memória; subjetividade; trabalho; tempo.
Introdução
No arcabouço do pensamento que compõe o eu, a memória exerce um papel fundamental. Todavia,
muitos aspectos envolvem a memória: a lembrança, o esquecimento, as reminiscências e o tempo. A memória
representa muito mais que memorização ou rememoração de um passado, uma vez que reconfigura sentidos e
percepções, a qual o sujeito compreende a historia.
A memória abrange o tempo e o espaço através da elaboração dos lugares que, segundo Ricouer
(2007), intercruza o íntimo do sujeito e provoca a lembrança. Assim, as atitudes em relação às questões
temporais partem de ideias aceitas, interiorizadas e naturalizadas, porém a adoção de um olhar histórico
possibilita verificar que cada momento de uma mesma realidade pode ser definido de modos diferentes, ainda
que a figura do relógio possa estabelecer uma relação de perda temporal que a própria memória remete.
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