Anais DCIMA Final

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QUEM FALA, QUEM CALA:
A PRODUÇÃO DE SENTIDO SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA
FÁBRICA SUZANO PAPEL E CELULOSE EM IMPERATRIZ, NO
JORNAL O PROGRESSO.
Marcos Fábio Belo MATOS
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
marcosfmatos@gmail.com
Resumo. Este artigo tem a intenção de analisar como se deu o “percurso das vozes” na
implantação da Fábrica Suzano de Papel e Celulose, em Imperatriz, por meio da
publicização informativa no jornal O Progresso, o mais tradicional da região tocantina.
Para tanto, lançará mão, como ferramentas metodológicas, da análise quantitativa e
qualitativa e da análise de discurso, de linha francesa. Serão avaliadas 10 matérias,
publicadas por O Progresso, entre o período da instalação das obras para a construção da
fábrica (março de 2011) e a sua inauguração (março de 2014). Aventando ainda elementos
da história, da cartografia comunicacional de Imperatriz e os aportes teóricos da Análise
do Discurso, pretendemos desvelar como se deram os engendramentos para a consolidação
de um sentido positivado sobre esse empreendimento, “uma semente de desenvolvimento”,
como o qualificou o então prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira.
Palavras-chave: Suzano. Discurso. Imperatriz. Jornalismo.
Introdução
Este artigo é fruto da pesquisa de pós-doutorado, efetivada entre outubro de 2015 e dezembro de 2016,
no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS,
sob a orientação do professor Antonio Fausto Neto. A intenção dela era compreender como se deu, no âmbito
da produção de sentido a partir dos dispositivos comunicacional-jornalísticos, a implantação da fábrica Suzano
de Papel e Celulose, na cidade de Imperatriz, a segunda mais importante do Maranhão.
Para tanto, foi selecionado, como corpus prioritário, o jornal O Progresso – o mais importante da
região tocantina e, por extensão, de Imperatriz, em atividade desde 1970. O passo seguinte foi selecionar, por
meio da leitura das edições relativas ao período da implantação da fábrica, as edições em que apareciam
referências à Suzano nas páginas do matutino – tais referências abrangiam vários gêneros jornalísticos, como:
manchetes, títulos menores, notícias, notas informativas e opinativas, artigos assinados e até gêneros não
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