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Anais DCIMA Final

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Página 740<br />

principal fator que desencadeia essas críticas, uma vez que, na história do ensino de línguas estrangeiras, esse<br />

tipo de atividade deixou de ser priorizado, ao contrário do que vemos no aplicativo.<br />

É importante considerar críticas como essas, pois, através de estudos como os dos autores<br />

mencionados, é possível repensar o papel dos aplicativos no processo de aprendizagem. As pesquisas<br />

envolvendo as TD e a aprendizagem de línguas são comuns, mas o uso específico dos aplicativos está apenas<br />

começando a ser estudado.<br />

Partindo da premissa de que o sucesso do aplicativo é inegável e de que, desde o seu surgimento, uma<br />

nova modalidade, ou meio para apender línguas, vem sendo estabelecida em todo o mundo, consideramos<br />

interessante investigar qual o potencial dessas ferramentas para o processo de aprendizagem de línguas, e,<br />

particularmente, nos interessa identificar a potencialidade para o desenvolvimento de estratégias individuais.<br />

O uso de tais aplicativos no processo de aprendizagem oferece condições para uma aprendizagem mais<br />

autônoma e representa o claro reflexo das implicações do desenvolvimento das TD no modo como se aprende<br />

uma língua estrangeira atualmente. Estes efeitos podem ser melhor observados na mobilização de estratégias<br />

de aprendizagem e de uso da língua-alvo pelos aprendentes. Assim, é importante atentarmos para as EA<br />

emergentes no âmbito dos usos desses apps.<br />

Tecnologias digitais e a mobilização de estratégias<br />

O interesse por pesquisar as EA, no âmbito da aprendizagem de línguas estrangeiras, remonta à década<br />

de 70 do século XX, quando Rubin (1975) interessou-se por investigar as EA de aprendizes que considerava<br />

bem-sucedidos. Desde então, muitas foram as pesquisas em LA que buscaram compreender o funcionamento<br />

das EA no processo de aquisição de segunda língua (ASL). São exemplos desses estudos: O’malley e Chamot<br />

(1990); Oxford (1990); Wenden (1991); e Cohen (1998).<br />

A importância dos estudos sobre as EA no contexto de aprendizagem de línguas é confirmada não<br />

somente por meio dos estudos de autores que constituem as grandes referências desta literatura, mas também<br />

pelos inúmeros trabalhos dedicados a abordar as EA dentro e fora do campo da Linguística Aplicada.<br />

Para Oxford (1990), as estratégias de aprendizagem são passos dados pelos estudantes para melhorar<br />

sua aprendizagem. As estratégias são especialmente importantes na aprendizagem de línguas porque elas são<br />

ferramentas para um envolvimento ativo e autodirigido, o que é essencial para o desenvolvimento da<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

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