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Anais DCIMA Final

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Página 126<br />

do Brasil (doravante PB), tomando por base as pesquisas de Lobo (2001) e a proposta de Cunha & Cintra<br />

(1985). O artigo apresenta, ainda, um paralelo entre a classificações de gerúndio propostas pelos autores acima<br />

citados. Por fim, o artigo apresenta os Resultados e análise dos dados.<br />

Ao investigar os fenômenos linguísticos referentes ao gerúndio, adotamos as noções teóricas de base<br />

gerativista de Chomsky (1986), considerando que essa teoria põe em evidência o conjunto de traços<br />

linguísticos que são significativos para o sistema linguístico. Segundo Negrão et al (2005, p.97), a gramática<br />

gerativa tem os seguintes objetivos: “(i). a descrição do conhecimento linguístico atingido por qualquer falante<br />

de qualquer língua; (ii). a caracterização da Gramática Universal, e (iii) a explicação dos processos que levam<br />

uma criança da Gramática Universal para o conhecimento da sua língua”. Dentro dessa proposta, o cerne da<br />

investigação é a língua I (interna), sistema mental, com enfoque nas estruturas. Por outro lado, a língua E<br />

(externa) é o centro de análise do discurso, envolvendo o contexto e as condições de produção. Na proposta<br />

gerativista, a faculdade da linguagem é entendida como um sistema autônomo específico da mente humana.<br />

Essa faculdade natural do ser humano é composta por módulos distintos que lidam com diferentes tipos de<br />

informação linguística. Nessa visão modular da mente, a linguagem é entendida como um sistema cognitivo<br />

formado por princípios determinados biologicamente e comuns a todo ser humano. Esses princípios universais<br />

constituem a Gramática Universal (GU), estado inicial da gramática de todo indivíduo. O estado final constitui<br />

a gramática de uma língua específica, ou língua interna (Língua – I), que se forma a partir da interação dos<br />

princípios universais com os dados da língua aos quais o indivíduo é exposto.<br />

Vale salientar que os princípios são universais, mas podem ser parametrizados, uma vez que podem<br />

dispor de duas possibilidades de serem fixados, dependendo dos estímulos linguísticos a que o indivíduo é<br />

exposto. Dentro dessa abordagem gramatical gerativista, deve-se levar em conta a existência, no dicionário<br />

mental, de categorias lexicais e funcionais. As principais categorias lexicais são as seguintes: Nome (N), Verbo<br />

(V), Adjetivo (A) e Preposição (P).<br />

As categorias lexicais podem ser definidas pela combinação de traços como [+/- N] e [+/- V], associada<br />

à capacidade de determinar a seleção semântica (s – seleção) de seus argumentos (CHOMSKY, 1999). Assim,<br />

tais categorias podem ser caracterizadas do seguinte modo: N= [-V, +N]; V= [+V, -N]; A= [+N, +V] e P= [-<br />

N, -V]. Cada uma dessas categorias lexicais constitui o núcleo dos seguintes sintagmas: sintagma nominal<br />

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