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Anais DCIMA Final

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Página 310<br />

dominarem técnicas aliadas ao crescimento pessoal, põem asas aos braços e, principalmente, à mente. Soltos,<br />

confiantes, conseguem chegar à condição saudável do corpo. Voltando às sensações da artista Virginia:<br />

O break, o stop, a calmaria que contrastam e dão sentido a seu oposto; lugar de sinapses "de” e “da”<br />

vida. “De” quanto gerador de mais vida, ventre fértil que reproduz em formas, maneiras, gestos, códigos<br />

genéticos. “De” é olhar o minúsculo, o invisível ao olho nu, o interno, visceral, contínuo e pulsante desta<br />

máquina divina de vida, com vida, multiplicadora de vida; enquanto “Da” vida remete a sinapses externas, ao<br />

fator provocador que desencadeia movimentos, sentimentos, sensações, atitudes como argumento de um<br />

diálogo entre perguntas e respostas fluidas, constantes. Ambas “De” e “Da” estão vinculadas ao encontro das<br />

partes que, posteriormente, se repartem, trata-se da multiplicação e da projeção desta, como resultante de um<br />

fluxo dilatado(r) de sentidos, de potências, de percepções.<br />

Corpo. Cartão de Visita: à primeira vista, o primeiro impacto, o chicotaço mental de um pensamento<br />

invasor. O olhar diferenciado entre discórdia, identificação, aprovado, reprovado e/ou provocador. É o desejo<br />

ou a rejeição do que se vê; o espelho do invisível (interno) que se projeta entre nós, no sentido do querer ser,<br />

ter, parecer; a ponto de idealizar, construir padrões e sugerir metas a nossas formas de maneira real, tanto<br />

quanto de maneira abstrata. Uma forma de inserção na sociedade composta de adjetivos e imperativos. A este<br />

corpo reprimido, contrapõe-se o corpo mais desperto, flexível, preparado e pronto à expansão, à abertura, à<br />

evolução físico-emocional. Caixa de Pandora: Always surprise!<br />

Corpo derivado de novidades constantes que não seguem necessariamente uma lógica de tempo, idade,<br />

gênero ou quaisquer outras determinações. O fluir corporal e seus fluidos internos são constantes motivos de<br />

mergulho ao que cientistas, num passado não muito distante, julgavam impossível acontecer, quando de suas<br />

afirmações sobre o funcionamento organicista do corpo-órgãos, sem considerar influências outras. Mas o<br />

funcionamento harmonioso do corpo pode muito, vai além de condicionantes, infere e interfere nas estruturas<br />

mentais. O corpo desperto para as sensações, percepções, reações, capacidades imensuráveis e potenciais a<br />

florir-fluir, sempre foi temido por aparelhos repressores, já mencionados acima. Mas, quando desbloqueado,<br />

desperto, solto dos cerceamentos sociais, não há como reprimi-lo novamente. Leveza, energia, segurança,<br />

liberdade dignificam o que até então fora negado no corpo, antes camuflado.<br />

Para nós, o corpo seria o templo do sagrado, de algo superior em nós, o espaço de forças outras a serem<br />

despertadas, aprimoradas. Desafio contínuo que aponta para o trabalho diuturno, aqui, agora, sempre. Corpo:<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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