Anais DCIMA Final

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Sim, eu acho que melhora. Agora a gente tem mais opções de avenidas
pra trafegar; melhora a vida de todos nós. (T3)
Para a pergunta 2, obtivemos as respostas:
Hoje, com a experiência que a gente tem, a gente tenta se prevenir
desconfiando e não parando pra levar. (T1)
Não reagir. Hoje em dia pra gente evitar o assalto a gente trabalha mesmo
dentro da experiência. Hoje um motorista profissional sabe como
prevenir, não pegando qualquer pessoa. Às vezes, a gente não pega
qualquer pessoa. O horário também influencia e quando acha alguém
suspeito, a gente não pega. (T2)
Com a experiência que temos, a gente previne não atendendo chamado
de pessoas suspeitas. (T3)
O olhar dos sujeitos entrevistados sobre a cidade se constitui aqui pela mobilidade. Os enunciados que
emergem desse olhar revelam sujeitos que ocupam posições – motoristas de táxis, motoristas de ônibus e
usuários do transporte público – situadas em um momento histórico em que a cidade passa por mudanças na
engenharia de tráfego, e falam de formações discursivas que ora apontam falhas no sistema de gestão do
planejamento urbano, ora revelam satisfação com as mudanças ocorridas.
Os motoristas de táxi, por exemplo, não falam de uma mesma formação discursiva no que diz respeito
às mudanças ocorridas no tráfego. T1 destaca que a nova configuração não favorece a todos, apenas os que
moram nos bairros próximos, o que demonstra que para ele não há “equidade no uso do espaço público de
circulação, vias e logradouros”, como proposto pela Política Nacional de Mobilidade Urbana. Por outro lado,
T2 e T3 admitem mudança nas condições de acessibilidade e mobilidade: “hoje a gente tem mais opção de
tráfego. Antigamente a gente não tinha”, “Agora a gente tem mais opções de avenidas pra trafegar; melhora a
vida de todos nós”.
No tocante à segurança, os taxistas demonstram uma singularidade na fala. Todos admitem fazer uso
da prevenção, adquirida ao longo do tempo pela experiência. Aqui, o princípio apresentado pela Política
Nacional de Mobilidade Urbana, referente à segurança nos deslocamentos das pessoas, deveria se aplicar
também a quem é responsável pelos deslocamentos, mas não se cumpre.
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