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Anais DCIMA Final

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Página 230<br />

A diferença colonial cria condições para situações dialógicas, nas quais se<br />

encena, do ponto de vista subalterno uma enunciação fraturada como reação ao<br />

discurso e à perspectiva hegemônica. Assim, o pensamento liminar é mais do<br />

que uma enunciação híbrida. É uma enunciação fraturada em situações<br />

dialógicas com a cosmologia territorial e hegemônica. (MIGNOLO, 2003, p.11)<br />

Partindo deste princípio, para realizar a análise dos enunciados do ativismo indígena, aponto<br />

inicialmente para o uso da língua portuguesa, imersa nas teias do poder, hoje compreendida como língua geral<br />

dos movimentos ativistas indígenas, que nos direcionará para alguns pontos fundamentais na compreensão<br />

destes movimentos e também sobre o que eles dizem sobre seus enunciadores.<br />

Figura 1: protesto pelo assassinato da criança indígena. 28<br />

3. Análises e discussão<br />

Para iniciar a análise proponho a observação dos enunciados expostos nas figuras 1 e 2 eles<br />

aconteceram em consequência do assassinato do bebê indígena Vitor Pinto, de apenas dois anos, covardemente<br />

morto por um jovem não índio, na rodoviária de Imbituba, estado de Santa Catarina. Fato este que não ocupou<br />

28<br />

Disponível em http://www.facebook.com/diocesedechapeco<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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