Anais DCIMA Final

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cotidiano da sociedade, é necessário que ocorra uma transformação discurso, primariamente circulante no
interior das universidades e centros de pesquisa, para que ele chegue à população.
Para Zamboni (2001) a DC tem como principal função a partilha do saber, aproximando o homem do
conhecimento científico que foi afastada graças à velocidade ao qual as informações são concebidas e à medida
que as ciências se desenvolvem e se especializam. Desta forma a divulgação científica assume papel
fundamental no que se diz respeito à construção crítica do cidadão.
A Divulgação Científica tem como objetivo aproximar o público leigo da explosão de informações
que estão sendo construídas pelo público especializado. Fraga e Rosa (2015) afirmam que é possível pensar
na DC como um processo formativo, inclusivo, ou, até mesmo, uma prestação de contas da comunidade
científica para os cidadãos, por isso é necessário que apresente as explicações dos processos da ciência para a
sociedade. Ainda segundo esses autores outro objetivo agregado a DC é o de auxiliar a compreensão do grande
público que a ciência em si é uma construção que não oferece verdades incontestáveis e não irá responder
todas as perguntas.
Para Sarmento et al (2010) a Divulgação Científica está presente em várias esferas entre elas: televisão,
revistas, jornais, Internet etc., divulgam o conhecimento e elevam o imaginário dos ouvintes, que acabam por
acreditar que ela é capaz de resolver todos os problemas da humanidade.
Bueno (1984) traz a DC juntamente com a disseminação científica é oriunda de um gênero discursivo
chamado Difusão Científica, que se desdobra em difusão para especialistas e difusão para o grande público em
geral, em que a primeira é chamada de disseminação científica e a segunda de divulgação científica, que inclui
o jornalismo científico, livros didáticos, aulas de ciências etc.
Os textos de DC estão sujeitos a determinadas condições de produção, que é a superposição de traços
de cientificidade, laicidade e didaticidade, que são encontrados em graus variados na superfície dos textos
(ZAMBONI, 2001). Isso faz com que ocorra a transformação das informações presentes nos textos de
divulgação científica de forma que ele apresente características heterogêneas em seus discursos. Para Martins
(2005) o discurso da Divulgação Científica possui qualidade heterogênea por se articular em uma zona de
contato entre o discurso científico e os dizeres dos “não cientistas”. O mesmo autor ainda apresenta esta
heterogeneidade como discursiva por se constituir priorizando não os aspectos enunciativos envolvidos, mas
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