Anais DCIMA Final

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Devido ter algumas falhas no sistema de ensino o autor Saviani 2008 diz que: “Caminhava-se, pois,
decisivamente rumo à consolidação do modelo pedagógico-didático de formação docente que permitiria
corrigir as insuficiências e distorções das velhas Escolas Normais [...]”p146, ou seja, os educadores
procuravam estabelecer um modelo que se abrange em todas as necessidades que precisavam ser sanadas para
consolidar o ensino de professores.
A professora Núbia nos contou que começou a lecionar em 1992, logo quando concluiu o curso do
magistério, no qual cursou por três anos, por ser um mercado de trabalho amplo que: Naquele tempo não tinha
outra opção, era a única, ai minha mãe falou faça o curso do magistério, nesse tempo que se estendeu hoje
pra pedagogia, porque é um mercado muito amplo para o trabalho, porque todo tempo tem trabalho, porque
todo o tempo ta nascendo criança, e até hoje eu gosto. (Núbia) É interessante notar que a partir dessa
informação pode se compor uma imagem que as profissionais do magistério estariam inteiramente desajustadas
em sua função, uma vez que a maioria fez sua escolha profissional induzida por alguém ou por algum fator
determinante.
O magistério se tornou uma forma da mulher se inserir no mercado de trabalho sem deixar suas
respectivas obrigações como mãe, mesmo sendo solteiras elas estariam exercendo uma atividade de mãe
educadora. O magistério passou a ser estereotipado como função predominante da mulher, devido ser
justificada que apenas o gênero feminino seria capaz de cumprir com as respectivas funções que cabiam ao
magistério.
Devido o magistério ser destinado a mulheres por elas terem maior facilidade de se relacionar com
crianças pelo extinto materno, tornou-se um padrão básico no qual era bem difícil ter homens, perguntamos a
professora se na sua sala tinha algum homem ela respondeu: tínhamos só dois homens na sala, e um desistiu
(Núbia) A autora Maria Novaes em seu livro Professora Primária Mestra ou Tia, relata uma pesquisa que fez
nas Escolas de Ensino Normal de como o ensino normalista era abordada, quando chega à questão de
professores homens, ela conclui que:
Esses professores são capazes de perceber que o fato de a mulher, e não o
homem, se dedicar ao magistério primário tem a ver tanto com o estereótipo
social que existe em relação ao trabalho feminino, quanto com os baixos salários
que desestimulam o ingresso dos homens na profissão. Foram bem poucos os
que tentaram estabelecer uma relação entre os salários e o fato d o magistério ser
considerado uma profissão feminina. (NOVAES, 1992, p 101)
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