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Anais DCIMA Final

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Página 156<br />

A partir de 2009, a UFPA (em todos os seus campi) passa a realizar o Processo Seletivo<br />

Especial (PSE) para indígenas, acrescentando em todos os cursos da instituição duas vagas para alunos<br />

indígenas às vagas já existentes. Esse PSE também foi adotado pela Unifesspa depois de sua criação;<br />

Outro ganho para viabilizar o acesso dos povos originários à universidade foi a Lei Federal nº<br />

12.711, de 29 de agosto de 2012, que trata das cotas nas universidades federais e nas instituições federais de<br />

ensino técnico de nível médio, em seu Art. 3º;<br />

Quando a Unifesspa foi criada em desmembramento da UFPA, o PSE implementado pela<br />

Resolução N°. 3.689/2009 foi adotado pela nova instituição;<br />

Desde sua criação, a Unifesspa mantém a Divisão de Assistência Estudantil (DAIE), um<br />

departamento ligado à Pró Reitoria de Extensão (PROEX), que pensa ações de inclusão e permanência dos<br />

alunos indígenas na universidade, assim como estudantes quilombolas e do campo;<br />

Há três anos foi ofertado aos alunos indígenas o Programa de Nivelamento Indígena, uma<br />

espécie de monitoria para dirimir dificuldades desses alunos com as disciplinas nos seus respectivos cursos;<br />

Segundo informações da DAIE, desde a implementação das políticas afirmativas, em 2009,<br />

apenas quatro alunos concluíram a graduação até 2016;<br />

Tanto alunos como o DAIE apontam a bolsa permanência (que no início da implementação<br />

das cotas e PSE não existia) como um fator imprescindível para a permanência desses alunos na universidade.<br />

3. Atualidade: evidências do que não somos mais<br />

O material da atualidade, que relacionaremos com o arquivo apresentado no tópico anterior, foi colhido<br />

na “Roda de Conversa: Saberes e práticas de povos da Amazônia: diversidade memória e resistência”, ocorrida<br />

na Feira dos Povos da Amazônia, realizada na Unifesspa para acolher os alunos calouros que ingressaram em<br />

maio deste ano. Apresentamos a seguir a transcrição das falas de cinco alunos indígenas (com seus nomes e<br />

etnias não identificados) que se pronunciaram na roda de conversa, composta não só por alunos indígenas, mas<br />

também por mulheres quebradeiras de coco, integrantes do Movimento Sem Terra, professores e servidores da<br />

universidade e outros alunos calouros que não compõem nenhum dos grupos citados. Selecionamos para essa<br />

análise as falas de dois calouros, um já graduado, um com a graduação em andamento e um que abandonou o<br />

curso, no que tange a avaliação hoje desses alunos sobre a universidade. Todos falam de suas experiências na<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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