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Anais DCIMA Final

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Página 590<br />

2. Procedimentos metodológicos<br />

No que se refere aos procedimentos metodológicos, após a delimitação do corpus (8 nomes de bairros<br />

usados pela Prefeitura de São Luís), buscamos informações em fontes como jornais populares, Diário Oficial,<br />

documentos oficiais, fizemos pesquisa acadêmica, inquéritos, visitas a associações de moradores. Além dessas<br />

etapas, definimos os elementos que compõem tanto o Questionário toponímico quanto a ficha lexicográficotoponímica<br />

e apresentamos as taxes de natureza física e antropocultural com suas exemplificações. A partir<br />

dessas informações, tecemos a análise que segue.<br />

3. Perfil toponomástico de são luís no período de 1713-1812<br />

A partir da análise do período sincrônico que compreende o primeiro século de ocupação de São Luís,<br />

podemos perceber que a tendência toponímica correspondente a 1612-1712 denuncia as estratégias militares e<br />

econômicas dos europeus de explorar novos territórios além-mar, a partir das grandes navegações, e que tanto<br />

os franceses quanto os portugueses aculturaram os índios, principalmente, para ter mão-de-obra gratuita e<br />

acesso facilitado às riquezas da Terra recém-conquistada. Por isso é que os 10 topônimos do período de 1612<br />

a 1712 se referem à ocupação planejada de Upaon-Açu e também à etnia que a ocupava no momento da invasão<br />

dos franceses e, posteriormente, dos portugueses e holandeses.<br />

O período sincrônico de 1713 a 1812 também vai enunciar essa ocupação estratégica da Grande Ilha,<br />

mas também vai mostrar como o referido território foi expandindo-se a partir de três áreas topográficas: Centro,<br />

representado pelo Litotopônimo Diamante, pelo Hagiotopônimo Madre Deus e pelo Etnotopônimo Apicum;<br />

Centro-Rio Anil, representado pelo Hagiotopônimo São Marcos e pelo Dirrematopônimo Ponta do Farol, e<br />

Centro-Caminho Grande, representado pelo Hidrotopônimo Anil, pelo Hodotopônimo Forquilha e pelo<br />

Etnotopônimo Maiobinha.<br />

Os Hagiotopônimos Madre Deus e São Marcos, assim como o Desterro e o São Francisco, vão servir<br />

para manter, em São Luís, os nomes de santos que os portugueses cultivavam na sua Terra Natal e que agora<br />

os acompanhavam numa terra onde eles teriam que recomeçar a vida, implantar seus hábitos e guardar sua<br />

cultura, reafirmando ainda mais a hegemonia da religião Católica não só na Grande Ilha, mas no Estado e no<br />

País.<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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