Anais DCIMA Final

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CIDADÃO INEXISTENTE: O DILEMA DE QUEM VIVE EM
FRONTEIRAS
Luiza MAGALHÃES; Roberta MEDEIROS
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
luizamagalhaes8@gmail.com; roberta.medeiros_2@yahoo.com
Resumo. A presente pesquisa propõe analisar as imigrações ilegais de brasileiros,
advindos principalmente do Pará e Amapá, que ocorrem na fronteira com a Guiana
Francesa em busca de emprego na década de 2010. Objetiva-se buscar quais as principais
motivações que levam brasileiros a migrarem dessa maneira para a Guiana Francesa. Para
isso, são analisados periódicos, reportagens e artigos específicos voltados para essa
situação. Localizando a visível negligência dos Estados em relação às condições das
pessoas que perpassam essas fronteiras e o porquê da preferência pela migração ilegal.
Assim, observa-se a maneira como as fronteiras entre esses países são postergadas de
forma a precarizar situações de pessoas que são marginalizadas por residirem na fronteira
e possuírem pouca assistência do Estado nessa localização.
Palavras-chave: cidadania; fronteiras; garimpo; migração; relações transfronteiriças
Brasil-Guiana Francesa.
Introdução
A migração é um fenômeno social derivado de diversos contextos sociopolíticos, existente desde o
início de agrupamentos territoriais, acompanhando a institucionalização de Estados nacionais, e eventos
políticos mais recentes. Aqui analisaremos tal como é concebida a partir segunda metade do século XX, através
da globalização que, com maiores interações econômicas e culturais entre esses Estados, torna-se comum
pessoas imigrarem de seu país em busca de “melhor qualidade de vida” em países com maiores atrativos
monetários. Nessa pesquisa trataremos, em específico, de brasileiros (em sua maioria homens dos estados do
Pará, Amapá, Amazonas e Maranhão) que atravessam as fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa, atraídos
pelo valor de sua moeda, o euro, pois este território faz parte da União Europeia, em geral com o objetivo de
trabalhar em garimpos para trocar as pepitas (pequenos fragmentos) de ouro, que recebem como pagamento,
por euro.
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