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Anais DCIMA Final

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Página 422<br />

testemunham ou participam de eventos de interesse público”. Também é importante dizer que essas fontes<br />

funcionam como os sujeitos do discurso.<br />

É ainda Lage (2004) quem ensina, numa tentativa de categorização, que essas fontes de informação<br />

jornalística podem ter as seguintes identidades:<br />

a) Oficiais, oficiosas e independentes: as primeiras falam representando os poderes do Estado ou de<br />

instituições que resguardam para si algum poder estatal, como cartórios, por exemplo; as segundas são as que<br />

possuem uma natureza institucional, mas não falam em nome das suas instituições; e as terceiras são aquelas<br />

que falam por si próprias, embora muitas vezes tenham um lugar discursivo reconhecido socialmente (um<br />

economista, um médico, um ambientalista, por exemplo);<br />

b) Primárias e secundárias: aquelas são as que o jornalista ouve e as quais registra na matéria, aquelas<br />

a quem ele dá voz no seu texto; essas são as que o jornalista usa para subsidiar sua apuração e sua matéria,<br />

podendo ser usadas no texto ou apenas como material de pesquisa;<br />

c) Testemunhas e experts – as primeiras são as que o jornalista usa para demonstrar o relato de quem<br />

esteve vivendo o fato; as segundas são usadas muito como fontes secundárias e, em geral, são os especialistas<br />

que dão a contextualização de determinado assunto.<br />

A partir dessa caracterização, é possível delinear e, mais que isso, qualificar, quem falou e quem não<br />

falou, a quem foi dada a voz nas matérias sobre a implantação da Suzano em Imperatriz, selecionadas para<br />

essa análise.<br />

No material cotejado, foi verificado que, nas 10 matérias, houve apenas a presença de fontes<br />

consideradas oficiais, quer sejam elas vinculadas às instituições públicas (governo federal, governo estadual,<br />

prefeitura de Imperatriz e poder legislativo estadual e municipal) ou à própria estrutura da Suzano.<br />

As fontes oficiais insticucionais se distribuem entre o governo federal (a então Presidenta da<br />

República, Dilma Roussef); o governo estadual (a então governadora, Roseana Sarney; o secretário da indústria<br />

e comércio, Maurício Macedo; o secretário da Casa Civil, Luís Fernando; o Secretário Estadual do Trabalho,<br />

Antonio Carlos Heluy); e o governo municipal (o então prefeito, Sebastião Madeira). Há também a presença<br />

de deputados estaduais e vereadores de Imperatriz, como fontes oficiais públicas.<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

Avenida dos Portugueses, 1.966 - São Luís - MA - CEP: 65080-805

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