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Anais DCIMA Final

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Página 854<br />

Moscovici emerge, assim, as dimensões culturais e históricas em suas pesquisas, nos levando a<br />

descobrir as atividades representativas dos sujeitos que partilham as mesmas experiências sociais, uma mesma<br />

condição, e estas representações que são partilhadas e que penetra e influência, “elas são repensadas, re-citadas,<br />

e re-apresentadas” (MOSCOVICI, 2012, p 37), tendo em vista que o sujeito, neste caso, “não é um simples<br />

processador de informações externas ou produto de uma realidade exterior a ele”, mas sempre ativo, construtor<br />

da realidade e nela construído, é o que nos explica Santos (2005, p 17).<br />

A autora afirma que as representações sociais dizem respeito ao conhecimento produzido no senso<br />

comum, mas que não é qualquer conhecimento e sim aqueles que são compartilhados, articulados,<br />

constituindo-se verdadeiras teorias acerca de determinados objetos sociais. Portanto, ao nos referirmos à teoria<br />

das representações sociais, a qual tem como objetivo compreender os fenômenos das representações<br />

partilhadas, nos deparamos com um modelo teórico, um conhecimento cientifico que estuda um fenômeno<br />

específico e delimitado, pois sempre visa explicar e/ou compreender a construção do conhecimento leigo, as<br />

teorias do senso comum.<br />

Wagner (1998) corrobora com o entendimento de Santos (2005), ao afirmar que as representações<br />

sociais são socialmente elaboradas e coletivamente compartilhadas, conceituando-as como<br />

[...] conteúdo mental estruturado – isto é, cognitivo, avaliativo, afetivo e<br />

simbólico – sobre um fenômeno social relevante, que toma a forma de imagens<br />

ou metáforas, e que é conscientemente compartilhado com outros membros do<br />

grupo social.” (WAGNER, 1998, p.3-4).<br />

As representações sociais são expressas por Wagner (1998, p 09) como sendo processo e produto, “por<br />

um lado, como um processo de comunicação em desenvolvimento nos grupos sociais; por outro lado, como o<br />

resultado desse processo”. Sendo que esse processo somente é possível em grupos e sociedades onde o discurso<br />

social inclua a comunicação, seja de pontos de vistas compartilhados ou divergentes em muitos aspectos.<br />

Corroborando com os estudos de Moscovici, Jodelet (2001, p 22) expressa as representações sociais<br />

como sendo “[...] uma forma de conhecimento socialmente elaborada e partilhada, tendo um objetivo prático<br />

e concorrendo à construção de uma realidade comum a um conjunto social”. A autora nos explica que o<br />

fenômeno das representações sociais possui um caráter dinâmico, inserida em uma dimensão histórico-cultural<br />

para facilitar a comunicação entre os membros de um grupo.<br />

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