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Anais DCIMA Final

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Página 198<br />

A primeira concepção de identidade, sujeito do iluminismo, (século XVIII), define, em linhas gerais,<br />

a ideia individualista (sujeito igual a/ = indivíduo) do sujeito e de sua identidade, que traz “uma concepção de<br />

pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão de<br />

consciência e de ação”, (HALL, 2006, p. 10).<br />

existência.<br />

Em outras palavras, a identidade surge assim que o sujeito nasce e permanece ao longo de sua<br />

A segunda concepção, mais social do sujeito, foi consequência do aumento da complexidade das<br />

sociedades modernas que adquiriram uma forma mais coletiva e social.<br />

Dessa forma, o sujeito passou a ser visto como mais localizado e definido no interior dessas grandes<br />

estruturas e formações sustentadoras das sociedades modernas.<br />

Por fim, a terceira concepção de Hall (2006) é a do sujeito pós-moderno, que defende a ideia de que<br />

não há uma identidade fixa, essencial ou permanente.<br />

A identidade é vista como uma “celebração móvel”, termo usado por Hall, (2006) que descreve o fato<br />

de a identidade ser formada e transformada continuamente.<br />

A globalização, com suas novas tecnologias e com seu poder homogeneizante, é um fator importante<br />

nesse processo, pois traz mudanças significativas na esfera histórica, econômica, cultural e também atua sobre<br />

a concepção identidade. Silva (2006), ao se pronunciar sobre esse assunto, escreve:<br />

A globalização envolve uma interação entre fatores econômicos e culturais,<br />

causando mudanças nos padrões de produção e consumo, as quais, por sua vez,<br />

produzem identidades novas e globalizadas. (SILVA, 2006, p. 20).<br />

Essas mudanças citadas por Silva (2006), como produtos do processo de globalização, geram<br />

mudanças também na esfera global, ocasionando novas formações de identidades.<br />

Porém, essas identidades podem surgir de vários lugares, isso significa que não há um único centro<br />

produtor de identidades, mas uma pluralidade.<br />

Em suma, percebemos que ao longo do tempo as concepções de sujeito sofreram transformações e que<br />

a globalização, entre outros, foi um fator que colaborou para a concepção de identidade do sujeito pós-<br />

Universidade Federal do Maranhão – Cidade Universitária Dom Delgado<br />

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