Anais DCIMA Final

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UMA CARTOGRAFIA DOS SUJEITOS NOS DISCURSOS
JORNALÍSTICOS DO GRUPO FOLHA SOBRE COCAÍNA (1933-
2013)
Luana Luciana Ribeiro de ALENCAR; Stéphanie Lyanie de Melo e Costa
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF); Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
alencarlr1@gmail.com@gmail.com; lyanie@gmail.com
Resumo. Analisamos a cobertura dos jornais impressos do Grupo Folha (Folha de S.Paulo,
Folha da Manhã e Folha da Noite) sobre a cocaína entre os anos 1933-2013, com o aporte
teórico-metodológico da Análise de Discurso franco-brasileira (Eni Orlandi) e da
lexicologia. Nosso objetivo é identificar as posições-sujeito dos jornais sobre os usuários e
os vendedores de cocaína, bem como os usos de diferentes nomenclaturas para denominálos,
segundo as distintas classes sociais às quais pertencem. Na análise, percebemos que a
forma com que os jornais se referem aos indivíduos de classe social elevada é sutil; por
exemplo, eles muitas vezes são citados por sua profissão. Isso não ocorre com pessoas de
renda inferior, tidas como "traficantes" e "perigosos". O artigo traz resultados inéditos de
pesquisa acerca do tema das drogas ilícitas na mídia, defendida em 2014.
Palavras-chave: cocaína; jornalismo; discurso; ideologia; Folha de S.Paulo.
Introdução
Frequentemente, nas edições diárias dos diversos jornais do país, há manchetes envolvendo drogas
ilícitas. A mídia é uma das principais fontes de informação para as pessoas e, consequentemente, participante
ativa na construção de memórias discursivas acerca das drogas na nossa sociedade. Tida como provedora de
informação de relevância e interesse à população, ela tem seus discursos transformados em ferramentas com
as quais as pessoas se governam (KOVACH & ROSENSTIEL, 2003). Daí seu papel importante na formação
de ideologias, que merece estudo.
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