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Alfabetização, Letramento - Inep

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suas aulas. Em seu planejamento de trabalho a professora partiu da realidade do aluno, mas não<br />

permaneceu nela. Assumiu como perspectiva que o próprio conhecimento também se<br />

transforma.<br />

O convite que fazemos, então, é para tomarmos o planejamento como possibilidade de fazer da<br />

rotina escolar um momento de escolha e decisão. Aquele professor ou professora que analisa<br />

sua classe, aprende a conhecer seus alunos, enxerga suas necessidades, busca atividades, ações,<br />

interferências para que os alunos avancem na qualidade do domínio do conhecimento escolar.<br />

Somos nós os responsáveis por ouvir, respeitar e considerar o interesse dos alunos, e também<br />

somos nós os profissionais que decidem, escolhem e têm autoridade para definir qual o trabalho<br />

mais adequado a ser implementado.<br />

Quem está na sala de aula trabalhando com os alunos sabe que não são só os seus interesses, ou<br />

só o que eles gostam de fazer que devem ser contemplados no planejamento. Somos nós a<br />

autoridade da sala de aula, responsáveis pela relação ensino-aprendizagem e pela escolha de<br />

ações que resultem no aprendizado do aluno. Ou seja, é importante partir do interesse dos<br />

alunos, mas quem planeja e decide o trabalho somos nós.<br />

Nesse sentido, o planejamento define-se como um instrumento didático necessário, flexível e<br />

inacabado. Por exemplo, dificilmente um professor que, no início do ano, planeja pela primeira<br />

vez suas aulas pode prever uma enchente que mobilizará seus alunos e que esse fato abrirá<br />

excelentes perspectivas de trabalho.<br />

Para contemplarmos imprevistos como a enchente, por exemplo, trabalhamos com a idéia de<br />

dois planejamentos. Um “cheio” 2 , elaborado previamente, contendo os objetivos, os conteúdos<br />

e as estratégias didáticas específicas para cada série e um “vazio”, que contemple os<br />

imprevistos trazidos pelos alunos ou pelo próprio professor. A partir da idéia de planejamento<br />

cheio e vazio fica mais fácil incorporar assuntos e acontecimentos relevantes ao grupo sem<br />

cairmos no espontaneísmo que a falta de planejamento gera.<br />

Atividade de reflexão sobre o planejamento<br />

Nós incluímos as crianças no nosso planejamento?<br />

O ato de planejar contempla os saberes já construídos pelas crianças?<br />

1. Tenha em mãos o planejamento de uma aula que você considera ter sido bem<br />

sucedida. Selecione partes desse planejamento, ou dessa aula, que contemple<br />

ações educativas voltadas para a questão da leitura e da escrita e que<br />

demonstrem relação com algumas particularidades do grupo com o qual você<br />

trabalha.<br />

2. Procure refletir sobre as seguintes questões: que conhecimentos das crianças<br />

sobre a leitura e a escrita consideramos nessa aula? De que maneira esses<br />

conhecimentos se relacionam com os conteúdos previstos no planejamento<br />

elaborado por nós ou pela escola no início do ano?<br />

² JUNQUEIRA FILHO, Gabriel de Andrade. Linguagens geradoras: um critério e uma proposta de<br />

seleção e articulação de conteúdos em educação infantil. IN: Cadernos de Educação<br />

Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Educação, ano 12, n.21, jul./dez. 2003. Pelotas:<br />

FaE/UFPel, 1992 – Semestral.

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