Alfabetização, Letramento - Inep
Alfabetização, Letramento - Inep
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Enfim...<br />
P<br />
Por meio da análise dos projetos e atividades realizados, buscamos evidenciar o seu papel na<br />
articulação de momentos significativos e variados de leitura e escrita e de situações voltadas<br />
para a apropriação do sistema de escrita alfabética.<br />
Na discussão dos resultados das vivências relatadas, algumas conclusões comuns podem ser<br />
sintetizadas:<br />
· Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso<br />
de atividades lúdicas no processo de<br />
alfabetização: brincar por brincar pode ser<br />
divertido, mas não necessariamente contribui<br />
para o processo de ensino-aprendizagem;<br />
· As atividades podem contemplar objetivos<br />
diversos; cabe ao professor e à professora<br />
focalizar, a cada momento e com estratégias<br />
específicas, o que interessa para uma dada<br />
turma;<br />
· O planejamento é essencial para o sucesso de<br />
um projeto: cada atividade deve se articular<br />
com outras (anteriores e posteriores), para que<br />
a aprendizagem se dê progressivamente,<br />
sempre conduzindo ao momento/produto final;<br />
Vimos no fascículo 3 a<br />
diferença entre improvisação<br />
e espontaneidade. “Assim, a<br />
improvisação em uma aula,<br />
não é feita de modo<br />
espontâneo, sem<br />
conhecimento anterior, de<br />
forma instintiva. Quando<br />
improvisamos em nossas<br />
aulas, buscamos fórmulas<br />
antigas, saberes já<br />
consolidados a respeito do<br />
que vem a ser uma aula, que<br />
aspectos fazem parte dela.”<br />
· O mero improviso também não deve conduzir<br />
a escolha de jogos para a apropriação do<br />
sistema de escrita: realizar determinado jogo como atividade esporádica exige reflexão do<br />
professor e da professora sobre a contribuição desse jogo no processo de alfabetização dos<br />
alunos que dele participarão;<br />
· A motivação pelo prazer é o princípio de tudo e deve ser realimentada a cada etapa dos<br />
projetos: alunos motivados se envolvem mais facilmente nas atividades e, conseqüentemente,<br />
estão mais dispostos a aprender.<br />
Depois dessas reflexões, esperamos que você, professor(a), se sinta mais preparado(a) e<br />
estimulado(a) para incluir, entre as outras atividades do dia-a-dia, os jogos e as brincadeiras.<br />
Sem a pretensão de ter esgotado todos os aspectos que poderiam ser abordados, priorizamos os que<br />
julgamos mais relevantes. Esperamos que cada professor(a), no seu percurso de autoformação,<br />
amplie as possibilidades aqui oferecidas, refletindo sobre as sugestões e recriando-as nas salas de<br />
aula, de modo a atender as especificidades de suas turmas, de seus alunos.<br />
De fato, nenhuma criança precisa que lhe ensinem a brincar, pois o jogo e a brincadeira fazem<br />
parte da vida das crianças desde o seu nascimento. Podemos sim, como professores e<br />
professoras, apresentar novas facetas das brincadeiras, que escondem um imenso potencial: o<br />
de preciosas oportunidades de se envolver em práticas de letramento diversas, ao mesmo tempo<br />
em que se apropriam das convenções e regularidades do nosso sistema de escrita. Enfim,<br />
brincando também se aprende!<br />
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