Alfabetização, Letramento - Inep
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(Dona Julinha não tinha medo de fantasmas, mas tinha medo de raios...).<br />
Um dia o lençol desprendeu e caiu e se transformou na... Coisa...<br />
Cada um que descia as escadas, no escuro, via uma coisa diferente no<br />
espelho. E todos eles pensavam que tinham visto... a Coisa.<br />
A Coisa eram eles mesmos!<br />
Não ria, não! Você já reparou como um espelho no escuro é esquisito?<br />
(Texto retirado do livro As Aventuras de Alvinho, de Ruth Rocha).<br />
Reflexão sobre o emprego de estratégias de leitura<br />
nas séries ou ciclos iniciais<br />
N<br />
No momento em que perguntou aos alunos o que o<br />
título do texto sugeria, a professora incitou-os a usar<br />
estratégias de antecipação ou de previsão, as quais,<br />
como o nome indica, permitem supor o que está por vir.<br />
A sua interferência instigadora fez com que também<br />
fossem usadas estratégias de inferência, que<br />
possibilitam ao leitor deduzir o que não está explícito<br />
no texto. Na continuidade da leitura, quando iam<br />
comparando os fatos com as previsões e inferências que<br />
haviam feito, os alunos utilizaram estratégias de<br />
verificação, que possibilitam ao leitor checar a<br />
veracidade, ou não, das previsões e inferências feitas no<br />
decorrer da leitura.<br />
Vimos no Fascículo 1 uma<br />
série de capacidades a<br />
serem desenvolvidas na<br />
leitura e compreensão de<br />
textos. Dentre elas, estão<br />
a inferência, a<br />
identificação do gênero<br />
textual, a antecipação,<br />
através da formulação de<br />
hipóteses, etc.<br />
E vimos no fascículo 4<br />
que o(a) professor(a) é<br />
um importante mediador<br />
neste processo de<br />
construção de sentidos.<br />
Vale lembrar que, para entenderem o texto, os alunos<br />
utilizaram certos conhecimentos prévios que lhes<br />
permitiram identificar tanto a linguagem conotativa 2 ,<br />
que caracteriza o texto literário, como o gênero textual<br />
(história, reconhecida pela sua estrutura narrativa) e<br />
outras particularidades do texto, além de possibilitarem<br />
a eles a utilização das referidas estratégias e, por decorrência, o entendimento da história em<br />
questão. Isso denota a importância de o aluno utilizar suas experiências, sua história de leituras<br />
e seus conhecimentos para produzir sentidos em relação aos textos lidos. Mostra, também, a<br />
relevância da leitura colaborativa, na qual professor(a) e alunos, juntos, buscam pistas, juntam<br />
significados e constroem o sentido do texto, como destaca a professora Adriane em cena<br />
apresentada no já mencionado vídeo.<br />
Selecione um texto que corresponda aos interesses de seus alunos e planeje<br />
uma prática de leitura colaborativa em que, com a sua mediação, eles sejam<br />
naturalmente incentivados a utilizar as estratégias e os conhecimentos prévios<br />
necessários para o entendimento do texto. Depois, por escrito, faça uma<br />
apreciação da prática realizada.<br />
2 Linguagem conotativa é aquela em que as palavras apresentam um sentido figurado,<br />
subjetivo, relacionado a determinado contexto e às experiências de cada um.<br />
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