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Alfabetização, Letramento - Inep

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Os “jogos” estão presentes no meu planejamento e meus alunos sempre estão<br />

em busca de novos jogos. Por essa razão, decidi desenvolver este trabalho<br />

com minha turma, sabendo que esses jogos iriam ajudar na compreensão do<br />

sistema de escrita alfabética.<br />

Quando iniciei o trabalho, disse aos alunos que eu iria levar para a sala de aula<br />

novos jogos, para serem desenvolvidos na “HORA DE JOGAR”, título este<br />

registrado na rotina 2 . Eles ficaram muito ansiosos e perguntaram como eram os<br />

jogos, de que eram, se eram grandes ou pequenos... E eu fui respondendo na<br />

medida do possível. No dia em que levei os primeiros jogos para a sala de<br />

aula, fizemos a leitura do nome daqueles jogos (fui mostrando os envelopes, e<br />

os alunos, lendo). Após a leitura, fizemos uma lista, coletivamente, dos nomes<br />

dos jogos. Depois eu organizei os grupos, adequando os jogos ao nível de<br />

escrita de cada aluno. Em seguida, distribuí os jogos e fui passando pelos<br />

grupos, ajudando-os a ler as regras dos jogos. Em outros grupos, eu fiz a leitura<br />

das regras. Acompanhei todos os grupos e percebi que os alunos, de um modo<br />

geral, gostaram dos jogos e estavam com o desejo de jogar os outros jogos de<br />

outros grupos (Prof.ª Niedja)<br />

Os jogos eram vivenciados após o recreio. Organizei a turma, mudando de<br />

lugar aqueles que poderiam auxiliar os colegas que, normalmente, têm mais<br />

dificuldade, mas de modo a que a disparidade não fosse tanta (evitando, por<br />

exemplo, juntar num só grupo alunos silábicos e alfabéticos). Ao apresentar os<br />

jogos, explicava as regras de cada um, deixando claro que, depois, passaria<br />

em cada mesa, para acompanhar a forma como cada um estava jogando<br />

(Prof.ª Ana Carolina)<br />

Como podemos perceber, a chegada à sala de aula dos jogos dedicados ao ensino do sistema de<br />

escrita alfabética foi algo pensado, planejado. Vemos, pelos depoimentos anteriores, que eles<br />

passaram a constituir parte das atividades permanentes da didática de alfabetização das mestras<br />

e algo corriqueiro na rotina dos alunos.<br />

Mas, como fica explícito naqueles registros, é preciso selecionar os jogos propostos, pensar<br />

sobre quais se adequam a alunos com diferentes níveis de escrita e familiarizar os aprendizes<br />

com suas regras e materiais. Isso requer, por um lado, cuidados na confecção e escolha do que<br />

será proposto para alunos com conhecimentos diferentes, o que não elimina a necessidade de<br />

testar e registrar as reações e dificuldades encontradas no momento de real aplicação, de modo<br />

a fazer os ajustes adequados.<br />

Vimos no Fascículo 2 a importância da avaliação diagnóstica: “O registro das<br />

dificuldades reveladas por determinados alunos poderá oferecer claras pistas<br />

para as possibilidades de mediação do professor ou da professora, que poderá<br />

acompanhar e monitorar as aprendizagens desses alunos, utilizando todas as<br />

formas de intervenção que poderão ser mobilizadas pela escola. Esses alunos<br />

merecerão um olhar especial, para que cheguem ao final dessa primeira etapa<br />

com o domínio de algumas das capacidades básicas que serão necessárias nos<br />

processos de alfabetização e letramento.”<br />

2 Registro da rotina que a mestra faz todos os dias, no quadro, sobre o que irão fazer durante a<br />

jornada.<br />

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