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Alfabetização, Letramento - Inep

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de qualidade, estabelecendo uma diversidade de objetivos e modalidades de leitura (diversão,<br />

informação, estudo, resolução de problemas, etc.). Antes de iniciarmos qualquer atividade que<br />

envolva uma determinada modalidade de leitura, que tal conversarmos com os alunos sobre os<br />

procedimentos que cada modalidade requer do leitor? Algumas dicas podem esclarecer os<br />

objetivos de uma atividade de leitura. Talvez seja possível criar um clima de suspense, perceber<br />

as expectativas a partir dos títulos e das capas dos livros, realizar antecipações e inferências a<br />

partir do contexto e dos conhecimentos de que os alunos já dispõem.<br />

Promover a interação dos alunos com diferentes textos escritos e múltiplas situações de leitura é<br />

um desafio! Vamos experimentar práticas que coloquem em ação tudo o que o aluno já sabe<br />

para ele aprender o que ainda não sabe?<br />

Como temos visto, muitas histórias de leituras de leitores experientes revelam que seu sucesso<br />

deve-se a uma prática mais ampla de leitura. Eles foram expostos a diversas situações:<br />

escutaram histórias na infância, criaram histórias a partir das ilustrações nos livros, leram<br />

sozinhos, leram também com colegas e professores(as), em silêncio e em voz alta,<br />

compartilharam leituras em casa, na escola e na vida. Também tiveram contato com diversos<br />

materiais escritos: Bíblia, jornais, revistas, livros infantis, gibis, lista telefônica, dicionários,<br />

folhetos de propagandas, cartazes, mapas, etc. Vejamos uma pequena parte do depoimento de<br />

uma escritora de livros infantis:<br />

Relato nº 11<br />

Com 7 anos, no Mackenzie, minha professora – Dona Nicota – nos iniciou nos<br />

mistérios da Cartilha do povo... Tenho viva, gravada, a primeira página até<br />

hoje: uma imensa mão, onde cada dedo apontava pruma vogal: a-e-i-o-u...<br />

Mas a grande marca do Mackenzie foi a sua biblioteca, que no registro de<br />

minha memória era imensa, infinita, onde se podia achar tudo! Ia lá todos os<br />

dias, pegava emprestado todos os livros, lia vorazmente... Particularmente nos<br />

dois primeiros anos da escola primária, lembro de como era insaciável com O<br />

Tesouro da Juventude, especialmente com O livro dos contos. O que mais me<br />

encantava estava impresso no volume número 1: era “A dança das doze<br />

princesas”, que lia, relia, trelia, sempre fascinada... (só adulta soube que era<br />

dos irmãos Grimm...)<br />

Ah, a volúpia de poder ler sozinha, de mergulhar no mundo mágico das letras<br />

pretas que remetiam a tantas histórias fantásticas!!! Como era triste e<br />

comovente “O soldadinho de chumbo”, e também triste e dadivosa “A<br />

sereiazinha”, dois contos de Andersen... Como era deleitoso, delicioso,<br />

lagartear (não ao sol, mas onde fosse e nas condições climáticas que fossem...)<br />

com os livros de Monteiro Lobato.” (Fanny Abramovich) 19<br />

A leitura nossa de cada dia<br />

A<br />

Ao ler o entusiasmado depoimento de Fanny notamos como o ambiente escolar, principalmente<br />

o espaço da biblioteca, foi estimulante em sua iniciação na leitura.<br />

Então, para formar leitores, é preciso que a prática de leitura seja freqüente, todos os dias, com<br />

horário diário e muita empolgação! Leia e releia muito para e com os seus alunos. Como os<br />

19 ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1991.<br />

p. 11-12.<br />

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