Alfabetização, Letramento - Inep
Alfabetização, Letramento - Inep
Alfabetização, Letramento - Inep
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Pesquisa sobre os antecedentes sociolinguísticos<br />
e socioculturais dos alunos<br />
Como vimos, é importante que o(a) professor(a) conheça os antecedentes<br />
sociodemográficos de seus alunos: onde nasceram; em que comunidade estão<br />
sendo criados; qual a profissão dos pais; se na família predomina uma cultura<br />
oral ou se combinam no âmbito da família eventos de cultura oral e de cultura<br />
letrada etc. Levando em conta esses tópicos e outros que você julgar<br />
relevantes, faça um portfólio para cada aluno, com essas informações. Peça a<br />
eles que tragam, se puderem, cópia da certidão de nascimento, e que façam<br />
entrevistas com os pais, avós e outros parentes sobre a história de sua família. A<br />
pesquisa que fizerem poderá ser apresentada oralmente e também por escrito.<br />
Planeje outras atividades em sala de aula com esses textos orais e escritos dos<br />
alunos.<br />
Reflexão sobre normas de adequação no uso da língua oral<br />
S<br />
Sempre que temos duas ou mais maneiras de dizermos a mesma coisa, dizemos que estamos<br />
diante de uma regra variável na língua. As diferentes maneiras de dizer a mesma coisa são<br />
chamadas variantes. Em uma regra variável sempre há uma variante que tem mais prestígio<br />
enquanto outras são desprestigiadas ou até<br />
consideradas “erro”.<br />
Atividade 5<br />
Você pode estar-se perguntando: Por que temos na<br />
língua variantes que são bem recebidas em estilos<br />
formais e outras que não o são? Boa pergunta! Vamos<br />
a ela.<br />
A língua de uma comunidade é uma atividade social e<br />
como qualquer atividade social está sujeita a normas<br />
e convenções de uso.<br />
Em qualquer língua podemos escolher entre usos<br />
mais formais ou menos formais. Mas essa escolha não<br />
é totalmente livre. Ela é condicionada pelas normas<br />
que definem quando e onde é adequado usar<br />
linguagem informal (não-monitorada) e quando e<br />
onde se espera que os participantes da interação usem<br />
linguagem formal (monitorada).<br />
Toda vez que duas ou mais pessoas se envolvem<br />
numa interação verbal, cada uma delas cria<br />
expectativas sobre a forma como ela própria e seus<br />
interlocutores vão se comportar. Queremos dizer que,<br />
em uma interação face a face e mesmo mediada pelo<br />
telefone ou pelo computador, todas as pessoas<br />
As atividades sociais são<br />
regidas por normas,<br />
algumas explícitas e outras<br />
implícitas.<br />
Um exemplo de normas<br />
explícitas são os códigos<br />
processuais que definem,<br />
entre outras coisas, como<br />
se processa um júri em um<br />
tribunal. Já as normas<br />
implícitas não são<br />
consignadas em um<br />
código, mas também são<br />
observadas. Em um jantar<br />
na casa de parentes ou<br />
amigos, por exemplo,<br />
seguimos normas culturais<br />
implícitas que nos informam<br />
como devemos nos<br />
comportar, quais as<br />
atitudes que devemos ou<br />
não assumir.<br />
envolvidas seguem normas sociais que definem o seu comportamento, particularmente o seu<br />
comportamento lingüístico. Se todas elas consideram a interação em que estão envolvidas como<br />
informal, tenderão a empregar formas lingüísticas adequadas às interações informais. Se uma<br />
21<br />
21