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Alfabetização, Letramento - Inep

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isso constitui uma convenção que só foi adotada<br />

tardiamente na história da escrita. Isso significa que as<br />

marcas que usamos na escrita para distinguir palavras,<br />

frases e seqüências de frases não são “óbvias” nem<br />

“naturais”, são convenções sociais que precisam ser<br />

ensinadas e aprendidas na escola.<br />

No começo do processo de alfabetização, um bom<br />

procedimento, já utilizado nas práticas escolares, é ler<br />

em voz alta para as crianças, apontando cada palavra<br />

lida e os sinais de pontuação no final das frases. Uma<br />

outra maneira de chamar a atenção dos alunos para as<br />

marcas de segmentação da escrita é, ao fazer a leitura<br />

oral em sala de aula, solicitar que eles próprios<br />

identifiquem os diferentes marcadores de espaço<br />

(espaçamentos entre as palavras, pontuação,<br />

parágrafos). A exploração desses marcadores no<br />

processo de leitura permite que os alunos descubram<br />

diferenças entre a segmentação da fala e a da escrita, o<br />

que lhes será útil para o domínio da ortografia, da<br />

pontuação e da paragrafação, em momentos posteriores<br />

de seu aprendizado da escrita.<br />

Reconhecer unidades fonológicas como sílabas,<br />

rimas, terminações de palavras, etc.<br />

N<br />

Você verá que...<br />

No Fascículo 7,<br />

estudaremos<br />

detalhadamente “as<br />

relações que se<br />

estabelecem entre<br />

modos de falar modos<br />

de escrever”. Lá,<br />

veremos que o<br />

domínio das<br />

convenções<br />

ortográficas só se<br />

consolida depois de<br />

muito contato das<br />

crianças com textos<br />

escritos.<br />

No uso falado da língua, as pessoas, em geral, cuidam apenas do assunto e não costumam dar<br />

atenção aos sons que produzem. Eventualmente, por alguma necessidade comunicativa, elas<br />

destacam e enfatizam algumas porções sonoras das palavras, por exemplo, escandindo as<br />

sílabas ou brincando com rimas e aliterações. No entanto, para aprender a ler e escrever com<br />

autonomia, o requisito indispensável é ser capaz de operar racionalmente com unidades sonoras<br />

de apreensão mais difícil – os fonemas – e com as complexas relações entre os fonemas e o<br />

modo de representá-los graficamente.<br />

O conceito de fonema é apresentado no box do próximo verbete.<br />

Por isso, tem-se considerado útil, nos primeiros momentos do processo de alfabetização, criar<br />

situações em que as crianças prestem atenção à pauta sonora da língua e operem, ludicamente,<br />

com unidades do sistema fonológico. O sombreado e as letras (I/T/C) nas quadrículas do<br />

Quadro 2, neste item, pretendem indicar que essa é<br />

uma habilidade a ser introduzida, desenvolvida e<br />

consolidada já no 1º ano da Educação Fundamental.<br />

Uma maneira de introduzir essa questão é focalizar as<br />

unidades fonológicas com as quais os alunos já são<br />

capazes de lidar antes mesmo de entrar para a escola.<br />

São segmentos sonoros como as sílabas, começos ou<br />

finais de palavras e rimas. Muitas atividades podem<br />

explorar essas unidades. É possível brincar com a<br />

posição desses segmentos nas palavras, por exemplo,<br />

formando listas de palavras que comecem, ou que<br />

Você verá que...<br />

Jogos e brincadeiras<br />

com a sonoridade das<br />

palavras, (dentre<br />

outros) serão<br />

apresentados no<br />

fascículo 5.<br />

27<br />

27

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