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Alfabetização, Letramento - Inep

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E<br />

50 50<br />

50<br />

Você verá que...<br />

mesmo de ter domínio da ortografia, antes mesmo de<br />

“saber escrever”. Essa capacidade pode ser<br />

desenvolvida na produção coletiva de diversos gêneros,<br />

em textos mais longos ou mais curtos, que o professor<br />

No fascículo 4<br />

ou a professora escreve no quadro de giz ou na lousa a<br />

trataremos da<br />

partir das sugestões dos alunos — por exemplo, um<br />

ilustração do livro<br />

convite para a festa junina, uma convocação aos pais<br />

infanto-juvenil,<br />

para uma reunião na escola, uma pequena história.<br />

Estes textos podem ser copiados no suporte adequado<br />

observando que, no<br />

pelos alunos (papel de carta, cartão, folha avulsa, etc.). processo de leitura,<br />

No processo de produção coletiva, o encaminhamento estabelecemos uma<br />

docente pode ser facilitado por algumas questões: o que ligação íntima entre<br />

é que a gente vai dizer? por onde a gente começa?<br />

palavra e imagem.<br />

depois que a gente tiver dito isso, como é que a gente<br />

vai continuar? como é que vai terminar o texto? será<br />

que não está faltando nada? será que o leitor vai entender do jeito que a gente quer que ele<br />

entenda?<br />

As crianças precisam aprender que, no planejamento da coerência do texto escrito, é sempre<br />

necessário levar em conta para que e para quem se está escrevendo e em que situação o texto<br />

será lido. Normalmente, esses elementos é que orientam o processo de escrita, e é bom que os<br />

alunos aprendam a lidar com eles desde cedo. Por exemplo: se o aluno considera que seu texto<br />

será acompanhado de uma gravura, deve saber que pode deixar de escrever algumas<br />

informações, porque o leitor vai compreendê-las olhando a figura; mas deve saber também que,<br />

se não houver figura, será preciso botar no papel, de modo organizado e claro, aquilo que ele<br />

quer que o leitor entenda. Além disso, deve saber ainda que, quando escrever para um leitor<br />

desconhecido e não tiver clareza do que ele sabe ou deixa de saber, será recomendável<br />

explicitar e organizar mais as informações.<br />

(iv) Organizar os próprios textos segundo os padrões de composição<br />

usuais na sociedade<br />

Esta capacidade diz respeito ao modo de organização<br />

do texto em partes. Os diferentes gêneros textuais<br />

costumam se compor de acordo com um padrão<br />

estabelecido nas práticas sociais e que tem certa<br />

estabilidade. Por exemplo: uma carta comercial<br />

geralmente se compõe de data, endereçamento,<br />

vocativo, abertura, corpo, fechamento e assinatura.<br />

Esses componentes se dispõem nessa ordem e cada um<br />

deles tem uma função, um formato e um tamanho<br />

típicos. Esses padrões são pontos de referência<br />

flexíveis e não regras fixas, obrigatórias e imutáveis.<br />

Por isso, saber organizar os próprios textos segundo os<br />

padrões sociais mais aceitos é um aprendizado útil e<br />

relevante.<br />

Você verá que...<br />

Nos próximos<br />

fascículos há<br />

diferentes atividades<br />

de produção textual<br />

coletiva, nas quais o<br />

professor atua como o<br />

escriba da classe.<br />

Assim como outras capacidades já discutidas, esta também pode começar a ser desenvolvida<br />

antes que a criança saiba ler e escrever com autonomia. Quando o professor ou a professora lê<br />

em voz alta, na sala de aula, histórias, poemas, notícias, cartas, convites, avisos, está<br />

possibilitando que os alunos se familiarizem com o padrão de composição desses gêneros. É<br />

possível e recomendável, também, além disso, uma abordagem sistemática, em que se chame a

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