Alfabetização, Letramento - Inep
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E<br />
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Você verá que...<br />
mesmo de ter domínio da ortografia, antes mesmo de<br />
“saber escrever”. Essa capacidade pode ser<br />
desenvolvida na produção coletiva de diversos gêneros,<br />
em textos mais longos ou mais curtos, que o professor<br />
No fascículo 4<br />
ou a professora escreve no quadro de giz ou na lousa a<br />
trataremos da<br />
partir das sugestões dos alunos — por exemplo, um<br />
ilustração do livro<br />
convite para a festa junina, uma convocação aos pais<br />
infanto-juvenil,<br />
para uma reunião na escola, uma pequena história.<br />
Estes textos podem ser copiados no suporte adequado<br />
observando que, no<br />
pelos alunos (papel de carta, cartão, folha avulsa, etc.). processo de leitura,<br />
No processo de produção coletiva, o encaminhamento estabelecemos uma<br />
docente pode ser facilitado por algumas questões: o que ligação íntima entre<br />
é que a gente vai dizer? por onde a gente começa?<br />
palavra e imagem.<br />
depois que a gente tiver dito isso, como é que a gente<br />
vai continuar? como é que vai terminar o texto? será<br />
que não está faltando nada? será que o leitor vai entender do jeito que a gente quer que ele<br />
entenda?<br />
As crianças precisam aprender que, no planejamento da coerência do texto escrito, é sempre<br />
necessário levar em conta para que e para quem se está escrevendo e em que situação o texto<br />
será lido. Normalmente, esses elementos é que orientam o processo de escrita, e é bom que os<br />
alunos aprendam a lidar com eles desde cedo. Por exemplo: se o aluno considera que seu texto<br />
será acompanhado de uma gravura, deve saber que pode deixar de escrever algumas<br />
informações, porque o leitor vai compreendê-las olhando a figura; mas deve saber também que,<br />
se não houver figura, será preciso botar no papel, de modo organizado e claro, aquilo que ele<br />
quer que o leitor entenda. Além disso, deve saber ainda que, quando escrever para um leitor<br />
desconhecido e não tiver clareza do que ele sabe ou deixa de saber, será recomendável<br />
explicitar e organizar mais as informações.<br />
(iv) Organizar os próprios textos segundo os padrões de composição<br />
usuais na sociedade<br />
Esta capacidade diz respeito ao modo de organização<br />
do texto em partes. Os diferentes gêneros textuais<br />
costumam se compor de acordo com um padrão<br />
estabelecido nas práticas sociais e que tem certa<br />
estabilidade. Por exemplo: uma carta comercial<br />
geralmente se compõe de data, endereçamento,<br />
vocativo, abertura, corpo, fechamento e assinatura.<br />
Esses componentes se dispõem nessa ordem e cada um<br />
deles tem uma função, um formato e um tamanho<br />
típicos. Esses padrões são pontos de referência<br />
flexíveis e não regras fixas, obrigatórias e imutáveis.<br />
Por isso, saber organizar os próprios textos segundo os<br />
padrões sociais mais aceitos é um aprendizado útil e<br />
relevante.<br />
Você verá que...<br />
Nos próximos<br />
fascículos há<br />
diferentes atividades<br />
de produção textual<br />
coletiva, nas quais o<br />
professor atua como o<br />
escriba da classe.<br />
Assim como outras capacidades já discutidas, esta também pode começar a ser desenvolvida<br />
antes que a criança saiba ler e escrever com autonomia. Quando o professor ou a professora lê<br />
em voz alta, na sala de aula, histórias, poemas, notícias, cartas, convites, avisos, está<br />
possibilitando que os alunos se familiarizem com o padrão de composição desses gêneros. É<br />
possível e recomendável, também, além disso, uma abordagem sistemática, em que se chame a