Alfabetização, Letramento - Inep
Alfabetização, Letramento - Inep
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- Espalham-se os envelopes sobre a mesa sem abri-los, deixando a letra inicial<br />
das palavras (que está escrita no envelope) virada para cima.<br />
- O primeiro jogador lança o dado e conta as casas que andará<br />
(correspondente ao número do dado).<br />
- O jogador verifica a figura que está na casa que ele está ocupando e procura<br />
o envelope com a letra inicial da palavra correspondente à figura.<br />
- Dentro do envelope, o jogador encontrará três palavras e precisará indicar<br />
qual das três corresponde à palavra que identifica a figura da casa ocupada.<br />
Ele deverá colocar a palavra em cima da figura.<br />
- Se algum jogador perceber que a palavra não é a correta, deve gritar:<br />
“coringa”.<br />
- O jogador que está com a carta na mão pega uma carta coringa. Se o<br />
coringa estiver sorrindo, ele terá a ajuda dos colegas para encontrar a palavra<br />
correta (o jogo só continuará quando os jogadores encontrarem a palavra<br />
correta). Se o coringa estiver triste, ele não terá direito a ajuda e o jogador que<br />
percebeu o erro terá que achar a palavra correta, mostrar para o grupo e<br />
andar uma casa.<br />
- O jogador que errou deverá voltar a sua posição inicial na trilha.<br />
No cuidadoso registro de sua prática, a professora Ana Carolina fez as seguintes observações:<br />
Logo que apresentei o jogo “Corrida das Palavras”, os alunos se mostraram<br />
receptivos e todos queriam jogar. Expliquei que, como não tinha a quantidade<br />
suficiente para todos, teriam que esperar a vez de jogar e, enquanto isso,<br />
poderiam jogar outros jogos. O jogo foi vivenciado em dois grupos de quatro<br />
alunos (quantidade de alunos por mesa).<br />
Alguns se negaram a jogar outros jogos e ficaram esperando a oportunidade,<br />
por vezes, tumultuando aqueles que queriam jogar. Percebi que os alunos que<br />
estavam num processo inicial da leitura aproveitaram a atividade, vinham me<br />
perguntar, por exemplo: “Tia, que palavra é essa, DADO ou DEDO”? Pedia que<br />
observassem a forma como estava escrita e prestassem atenção à letra com<br />
que estava escrita e a que ele estava perguntando. Percebi que este jogo foi<br />
muito bem aceito. As crianças conseguiram se concentrar e, ao acertar as<br />
palavras, pareciam bastante motivadas, alegres.<br />
Em uma avaliação preliminar, percebi que o jogo proporciona uma reflexão<br />
sobre a palavra e os sons das letras, tanto das vogais quanto das consoantes.<br />
Tanto os alunos que estavam no silábico de qualidade como os alfabéticos<br />
pareciam aproveitar a brincadeira.<br />
Acredito que esse jogo poderia ser também adaptado para outros níveis de<br />
alfabetização, ampliando o grau de dificuldade: faltando letras, em algumas<br />
palavras, ou ainda palavras que os alunos pudessem corrigir ortograficamente.<br />
Estar atento às perguntas e soluções que propõem os alunos, nestes momentos de brincadeira, é<br />
uma ótima oportunidade para o docente observar as estratégias usadas por eles e os progressos<br />
que vão fazendo. Gostaríamos de enfatizar, ainda, algo que a professora Ana Carolina registrou<br />
no final de sua reflexão: é quase sempre possível “reformatar” um jogo, usando materiais e<br />
regras semelhantes, mas variando o nível de complexidade das brincadeiras propostas. No caso<br />
em pauta, a partir de um jogo que foi concebido para alunos que precisam avançar no domínio<br />
do funcionamento das relações som-grafia, ela concluiu que o mesmo poderia ser “remodelado”<br />
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