Alfabetização, Letramento - Inep
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lado, ao propor aos alunos que escrevessem os nomes<br />
do “seu jeito”, ela não só respeitou as hipóteses que<br />
eles provavelmente vinham construindo, como os<br />
incitou a pensar sobre a escrita: quantas e que letras<br />
usar, em que ordem e posição, como relacionar<br />
fonemas (sons) às respectivas letras. Em outros<br />
momentos, a professora propiciou aos alunos essa<br />
reflexão por meio do manuseio, pelas crianças, do<br />
alfabeto móvel, como você terá a oportunidade de ver<br />
no vídeo que acompanha este fascículo. Afinal, como<br />
afirma Teberosky (1989), escrever o próprio nome<br />
parece uma peça-chave para a criança começar a<br />
compreender o funcionamento do sistema de escrita.<br />
É importante destacar, também, a contribuição que a<br />
lista de nomes pode representar quanto ao<br />
aprendizado da língua escrita, uma vez que as listas,<br />
em geral, constituem escrita contextualizada, escrita<br />
que faz sentido ao aluno porque diz respeito a coisas<br />
relacionadas ao seu mundo. Além disso, configuramse<br />
como gênero textual comumente utilizado no<br />
cotidiano, dada a intenção prática que determina a<br />
opção por elas.<br />
O professor deve estar<br />
atento às hipóteses<br />
construídas pelas<br />
crianças a respeito da<br />
escrita: “É necessário que<br />
o alfabetizador ou a<br />
alfabetizadora saiba<br />
identificar e compreender<br />
esse tipo de raciocínio<br />
feito pelos alunos, para<br />
conseguir orientá-los com<br />
sucesso na superação<br />
dessa hipótese e na<br />
descoberta da<br />
explicação que<br />
realmente funciona para<br />
o sistema de escrita do<br />
português.” (Fascículo 1)<br />
Nos próximos fascículos<br />
voltaremos a este<br />
assunto.<br />
Quanto aos jogos mencionados e outros, não há<br />
dúvida de que eles significam para as crianças<br />
interessante e prazerosa possibilidade de<br />
entendimento do sistema de escrita. Contudo, convém lembrar que não são os jogos em si que<br />
conduzem a esse entendimento, e sim a ação do(a) professor(a) e dos alunos sobre tal objeto de<br />
conhecimento (a língua escrita). É preciso lembrar, também, que todas as atividades<br />
desenvolvidas com a escrita precisam estar inseridas em contextos significativos e que os<br />
alunos precisam entender em que situações poderão usá-la e com que finalidade.<br />
Partindo do princípio de que os nomes constituem modelos estáveis para a<br />
criança, servindo de referência para ela confrontar suas idéias com a<br />
realidade da escrita convencional, planeje e execute uma ação pedagógica<br />
que, por meio de atividades diversificadas com os nomes, contribua para o<br />
aprendizado do sistema de escrita. Relate, a seguir, essa prática. Não se<br />
esqueça de indicar as aprendizagens decorrentes das atividades realizadas!