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Alfabetização, Letramento - Inep

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L<br />

(vi) Avaliar ética e afetivamente o texto, fazer extrapolações<br />

D<br />

Produção escrita<br />

E<br />

46 46<br />

46<br />

Veja um exemplo de inferência:<br />

Maria pediu a João para sair.<br />

Qual é o sujeito de sair? Pode ser João, pode ser Maria. Teremos de inferir o<br />

sujeito com base em outros elementos: pode ser o que vem antes do texto (por<br />

exemplo, “Maria precisava ir ao dentista”; logo, ela pediu a João para ela<br />

sair). Podemos inferir o sujeito também em função de nosso conhecimento<br />

prévio sobre, por exemplo, a relação entre João e Maria: se João é o chefe de<br />

Maria, entendemos que é Maria quem pede para sair; se, ao contrário, Maria é<br />

chefe de João, quem sai é ele.<br />

(v) Construir compreensão global do texto lido, unificando e<br />

inter-relacionando informações explícitas e implícitas<br />

Ler com compreensão implica ser capaz de produzir uma visão global do texto, de tal modo<br />

que, ao final da leitura, o leitor saiba do que o texto fala, por onde ele começa, que caminhos ele<br />

percorre, como ele se conclui. Isso significa ser capaz de resumir o texto lido e de recontá-lo ou<br />

repassá-lo para alguém. É também importante ser capaz de explicar e discutir o texto lido,<br />

demonstrando para professores(as) e colegas em que se sustenta a própria interpretação. Essa<br />

compreensão global é resultado de uma leitura atenta, que foi formulando e testando hipóteses,<br />

relacionando informações, produzindo inferências. A capacidade de fazer inferências, já<br />

descrita anteriormente, merece trabalho especial na sala de aula: deve-se instigar os alunos a<br />

prestarem atenção e explicarem o que está nas entrelinhas, a descobrirem e explicarem os<br />

porquês, a explicitarem as relações entre o texto e seu título. Insistimos na questão de que tudo<br />

isso pode começar a ser desenvolvido antes de os alunos serem capazes de ler com autonomia, a<br />

partir da leitura oral feita pelo professor ou pela professora, ou da leitura feita em grupo, com o<br />

apoio de outros adultos ou de um colega mais avançado nesse nível de compreensão da leitura.<br />

Depois da leitura, que pode ter sido feita em voz alta pelo professor ou pela professora, os<br />

alunos podem partilhar suas atitudes diante do texto com os colegas, avaliando e comentando<br />

ética e afetivamente o que leram, concordando ou não com afirmações e passagens, fazendo<br />

extrapolações (isto é, projetando o sentido do texto para outras vivências, outras realidades),<br />

buscando outros textos do mesmo autor, ou sobre o mesmo tema. Ser capaz de fazer<br />

extrapolações pertinentes – sem perder o texto de vista – é importante para o aprendizado de<br />

descobrir que as coisas que se lêem nos textos podem fazer parte da nossa vida, podem ter<br />

utilidade e relevância para nós.<br />

Esta seção trata especialmente das capacidades necessárias ao domínio da escrita, considerando<br />

desde as primeiras formas de registro alfabético e ortográfico até a produção autônoma de<br />

textos.<br />

A produção escrita é concebida aqui como ação deliberada da criança com vistas a realizar<br />

determinado objetivo, num determinado contexto. A escrita na escola, assim como nas práticas<br />

sociais fora dela, deve servir a algum objetivo, ter alguma função e dirigir-se a algum leitor.<br />

Assim como foi feito na seção dedicada à leitura, o Quadro 4 e os verbetes relativos à escrita<br />

retomam e desdobram alguns itens tratados nas seções “Compreensão e valorização dos usos

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