Alfabetização, Letramento - Inep
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P – Um dia as ovelhas foram para o Pólo Sul. O Pólo Sul é onde? Em cima ou<br />
embaixo? (faz gestos indicando).<br />
Novamente, a professora contextualiza, indicando que Pólo Sul é um lugar - um lugar lá<br />
embaixo. Como as crianças são bem pequenas, fica difícil entender, geograficamente falando, a<br />
exata localização, mas, de qualquer forma, ela já traz alguma informação inicial, como o fato<br />
de indicar um lugar ao sul (lá embaixo).<br />
P – Todas as ovelhas iam para o deserto. (Procura no avental, que é um painel de<br />
várias cores que funciona como um recurso para contar histórias, uma cor<br />
marrom claro que possa representar um deserto.)<br />
P – Ai, que lugar quente! (abana-se).<br />
Novamente, ocorre um aparte da professora trazendo mais elementos para o contexto da<br />
história, como o fato de procurar uma cor que se assemelhe ao deserto, a cor marrom claro,<br />
representando as areias e a indicação do clima do lugar: “ai que lugar quente!”, acompanhado<br />
do gesto de abanar-se.<br />
P – (Lendo) “Até que as ovelhas resolveram pular do Corcovado”. (Mostra a<br />
gravura) Quem sabe o que é Corcovado? (Sem aguardar a resposta, explica:) É<br />
um morro, lá tem um Cristo assim, (faz gestos com os braços abertos em cruz). Eu<br />
fui lá, tem um trenzinho e depois um monte de escadaria.<br />
Novamente, a professora traz elementos para<br />
contextualizar o ambiente em que ocorre a<br />
história: o que é o Corcovado; como é o<br />
Corcovado; o que tem no Corcovado... É<br />
importante que vocês, professores(as), percebam<br />
que, quanto menores forem as crianças, mais<br />
importante se torna trazer elementos que<br />
caracterizem o contexto em que se insere a<br />
história.<br />
Um segundo aspecto da dimensão contextual é a<br />
intencionalidade do autor, o que ele pretende com<br />
aquela história. Além disso, para que os textos<br />
atinjam seus objetivos, é necessário que eles se<br />
estruturem dentro de certas características, que os<br />
fazem pertencer a gêneros textuais específicos.<br />
No caso presente, trata-se de um texto literário<br />
que encerra uma moral, caracterizando-se como<br />
uma fábula. Observe como a professora leva seus<br />
alunos, embora tão pequenos, a perceberem que a<br />
história encerra uma lição:<br />
“Quando lemos um texto é<br />
importante atribuirmos um<br />
significado a ele, relacionando<br />
os seus componentes com<br />
nossos entendimentos e<br />
sentimentos. Ou seja, o texto<br />
só faz sentido quando ele se<br />
articula com as informações<br />
que o leitor possui. Assim, ler<br />
palavras é muito mais do que<br />
converter letras em sons, é<br />
atribuir significados às<br />
palavras para que possamos<br />
entender o mundo.”<br />
(Fascículo 4)<br />
P – Será que eu leio histórias aqui só para me divertir? Para que será que eu<br />
escolhi “Maria vai com as outras”?<br />
P – A senhora leu essa história para a gente aprender que se as pessoas tiverem<br />
fazendo coisa errada é para a gente não imitar.<br />
P – O Gabriel Carvalho falou que eu trouxe a história aqui para mostrar, para<br />
ilustrar que a gente não deve imitar as coisas erradas.<br />
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