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Alfabetização, Letramento - Inep

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Diversos aspectos positivos podem ser destacados em<br />

relação às atividades descritas por Leila. Inicialmente,<br />

gostaríamos de salientar que a inserção de um texto<br />

literário para introduzir o projeto realça o tema<br />

escolhido para o trabalho. Brincamos para sentir<br />

prazer! Lemos textos literários (dentre outros motivos)<br />

para nos deleitarmos, para viajarmos! Essa é uma das<br />

estratégias que podemos adotar para que os alunos<br />

descubram a magia dos livros. Muitas, muitas, muitas<br />

histórias para imaginar, muita poesia para sonhar!<br />

Vimos no Fascículo 4<br />

que “a formação de<br />

leitores depende muito<br />

da relação que o(a)<br />

professor(a) estabelece<br />

com os livros”<br />

Também gostaríamos de destacar a importância de ajudarmos os alunos a se organizarem, a<br />

usarem a escrita para planejar as ações diárias. Os textos usados para essa finalidade exigem<br />

capacidades diferenciadas em relação a outros gêneros textuais em que a leitura é mais linear,<br />

como afirmam Teberosky e Ribera (2000, p. 58):<br />

um conto pode ser lido de maneira linear do princípio ao fim, mas não os<br />

dicionários, as listas telefônicas ou os horários de transporte, que são<br />

organizados mais para uma consulta do que para uma leitura linear. Segundo<br />

Walle (1998), a forma, a configuração gráfica e a tipografia dos suportes<br />

influem nas estratégias que os usuários devem adotar, tanto para diferenciar<br />

entre ação de buscar, ler e olhar como as combinações entre elas.<br />

Os cronogramas e os calendários são exemplos de<br />

textos em que os alunos precisam aprender a localizar<br />

informações, atentando para a organização gráfica<br />

própria das tabelas. Teberosky (2004, p. 156) alerta que<br />

“outras formas de distribuição gráfica, como uma tabela<br />

com disposições em linhas e colunas, não permitem<br />

uma oralização e não são lineares, mas devem ser lidas<br />

selecionando-se os eixos e as células, para encontrar-se<br />

a interseção”.<br />

Reafirmamos, assim, que a atividade de produção e<br />

consulta ao cronograma de atividades no projeto é<br />

importante por promover situações de leitura de textos<br />

não lineares.<br />

Cronogramas e<br />

calendários são gêneros<br />

textuais diretamente<br />

relacionados com a<br />

organização do tempo,<br />

com o planejamento das<br />

atividades, como vimos<br />

no Fascículo 3.<br />

A etapa em que os alunos fizeram a seleção das brincadeiras que iriam compor o catálogo<br />

também se revestiu de uma riqueza imensa. A estratégia utilizada para coletar informações<br />

(brincadeiras que eles não conheciam) propiciou o contato deles com outro gênero textual:<br />

entrevista. Eles participaram tanto da elaboração das perguntas (roteiro), o que é interessante<br />

para um trabalho voltado para a estruturação de sentenças e para o uso da pontuação (mais<br />

especificamente o ponto de interrogação), quanto da fase de organização dos dados coletados<br />

por meio da entrevista. Por outro lado, os depoimentos também poderiam ser usados no livro a<br />

ser escrito pela turma, caso a brincadeira citada pelo entrevistado fosse escolhida.<br />

Outro destaque que podemos fazer é quanto ao trabalho com lista. A produção de listas, como<br />

sabemos, é uma forma muito interessante para nos concentrarmos nos processos de ensino e<br />

aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética, ou seja, para que os alunos aprendam a lógica<br />

da nossa escrita, as listas se oferecem como textos que propiciam ao professor e à professora<br />

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