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Alfabetização, Letramento - Inep

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decodificação, não é necessária a antecipação das<br />

preocupações sistemáticas com a ortografia. Nessa fase,<br />

as situações de produção de textos criadas em sala de<br />

aula podem oportunizar o surgimento de diferentes<br />

questões dos alunos sobre a forma correta de grafar<br />

algumas palavras, que devem ser respondidas<br />

prontamente pelo professor ou pela professora.<br />

Mas, à medida que os alunos vão aprendendo a escrever<br />

com certa fluência, torna-se necessário organizar de<br />

maneira sistemática o estudo de algumas regras<br />

ortográficas. O importante a ser considerado é o fato de<br />

que os alunos não vão conseguir, ao final do primeiro ano, dominar todas as regras ortográficas.<br />

Esse é um trabalho a ser desenvolvido não apenas no decorrer dos três primeiros anos da<br />

alfabetização, mas ao longo do Ensino Fundamental, considerando a progressão da<br />

complexidade dessas regras e as situações de uso.<br />

Para esse aprendizado, são muito úteis as discussões coletivas da adequação ortográfica de<br />

textos produzidos pelos alunos, bem como a orientação do trabalho de autocorreção, a partir do<br />

estabelecimento de critérios compatíveis com o desenvolvimento já alcançado pelas crianças e<br />

os avanços que o professor ou a professora pretende desencadear.<br />

(i) Dominar regularidades ortográficas<br />

U<br />

Você verá que...<br />

No Fascículo 7<br />

voltaremos a tratar da<br />

ortografia e de outras<br />

normas e convenções<br />

da língua.<br />

Uma vez compreendida a natureza alfabética do sistema, ou seja, quando o aluno demonstrar<br />

ter compreendido que as unidades menores da fala são representadas por letras, o processo de<br />

alfabetização precisa se orientar pela abordagem sistemática das relações entre grafemas e<br />

fonemas, no sentido do domínio da ortografia do português.<br />

Conforme já se analisou, essas relações, na maior parte dos casos, não são biunívocas (isto é,<br />

não há um só grafema para representar determinado fonema, o qual, por sua vez, só pode ser<br />

representado por aquele grafema) e, além disso, elas envolvem diferentes graus de dificuldade.<br />

Por isso é particularmente recomendável que nesse momento do ensino da escrita a<br />

sistematização em sala de aula se oriente pelo critério da progressão, indo do mais simples para<br />

o mais complexo: dos casos nos quais os valores atribuídos aos grafemas independem do<br />

contexto para os casos nos quais os valores dos grafemas dependem do contexto.<br />

A seguir, apresentamos rapidamente algumas das regras de correspondência entre grafemas e<br />

fonemas, organizando-as em dois grupos: o dos grafemas cujo valor não depende do contexto e<br />

o daqueles cujo valor é dependente do contexto. Advertimos que com isso estamos longe de<br />

esgotar a questão. Essa apresentação sucinta serve apenas para que o professor tenha uma idéia<br />

do quanto é importante um aprofundamento nesse tema, para que possa conduzir<br />

adequadamente o seu trabalho.<br />

Para estudar essa questão, o professor ou a professora poderá consultar, entre<br />

outros, os seguintes livros:<br />

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo:<br />

Scipione, 1999; e SCLIAR-CABRAL, Leonor. Guia prático de alfabetização. São<br />

Paulo: Contexto, 2003.<br />

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