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Alfabetização, Letramento - Inep

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Planejar a fala em situações formais<br />

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Além das que foram apontadas no verbete sobre a participação cotidiana na<br />

sala de aula, muitas outras situações didáticas podem ser criadas para<br />

possibilitar aos alunos a aquisição da sensibilidade e da flexibilidade<br />

necessárias a essa capacidade. O importante é propor atividades<br />

diversificadas, de modo que, em algumas, como narrar casos e histórias da<br />

cultura popular, será adequado o uso da variedade coloquial cotidiana; em<br />

outras, como expor oralmente o resultado de trabalhos individuais ou feitos em<br />

grupo, será necessário adotar uma linguagem mais cuidada. Um<br />

procedimento relativamente usual e que pode ser útil para o desenvolvimento<br />

da fluência e adequação da língua falada das crianças é solicitar-lhes que<br />

dêem avisos ou recados para professores ou alunos de outras turmas.<br />

Há situações sociais em que, mais do que cuidar deliberadamente da linguagem falada no<br />

decorrer da interação, é preciso se preparar para falar adequadamente. São situações públicas e<br />

formais, em que muitas vezes é necessário ter controle sobre o tempo de fala, fazendo<br />

exposições concisas e bem organizadas.<br />

As capacidades necessárias para se ter sucesso nessas circunstâncias<br />

também podem ser desenvolvidas na escola, a partir de propostas lúdicas,<br />

interessantes e envolventes. Por exemplo: simulação de jornais falados,<br />

entrevistas e debates na TV e no rádio; realização de entrevistas com pessoas<br />

da comunidade escolar ou extra-escolar; apresentações em eventos<br />

escolares que envolvam outras turmas e até outros turnos (festas, torneios<br />

esportivos, desfiles, sorteios, campanhas). Nesses casos, o professor ou a<br />

professora deverá orientar os alunos no planejamento da fala, oferecendo e<br />

discutindo roteiros e critérios de avaliação e auto-avaliação, sugerindo o uso<br />

de recursos auxiliares que podem facilitar a compreensão dos ouvintes, como<br />

cartazes, figuras, transparências em retroprojetores. O sucesso, nessas<br />

circunstâncias, está muito relacionado à capacidade de levar em conta,<br />

adequadamente, no planejamento, os objetivos de quem fala, as<br />

expectativas e disposições de quem ouve, o ambiente em que acontecerá a<br />

fala.<br />

Realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa<br />

de escuta atenta e compreensão<br />

O desenvolvimento da oralidade inclui não apenas a capacidade de falar mas também a<br />

capacidade de ouvir com compreensão. Essa capacidade é crucial para a plena participação do<br />

cidadão na sociedade: é preciso saber ouvir e entender os jornais da TV e do rádio, as<br />

entrevistas e declarações de políticos e governantes, as demandas e explicações dos<br />

companheiros e superiores no trabalho.<br />

Quando o aluno acompanha a aula e compreende o que professores(as) e colegas falam, já está<br />

exercitando essa capacidade. Mas há possibilidades de orientá-la e desenvolvê-la<br />

especificamente em sala de aula, por exemplo, lendo em voz alta textos diversos, de cuja<br />

compreensão dependerá a realização de tarefas como fazer um resumo, responder um

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